ASPECTOS POLÍTICOS
O Brasão de Armas do município de Maceió
Autor: Théo Brandão
Concurso Público da Câmara de Vereadores de Maceió Lei N°558, de 25 de Setembro de 1957.
Comissão Julgadora: Professor Jaime de Altavilla, Engenheiro Milton Soares, Professor Mário Lins Broad, José Pedrosa de Medeiros e Manoel Messias de Gusmão. Aprovação: 04 de Janeiro de 1958.
Leitura:
Escudo: português antigo, em posição natural, terçado em faixa. Em 1, ou no Chefe, ou primeiro quartel, de verdes (sinopla), com uma jangada alagoana velejante de prata; em 2, no segundo quartel deste último, carregado de uma divisa de vermelho (goles), ondada; em 3, no contra-chefe, ou terceiro quartel, de azul (blau), com uma canoa velejante de Prata.
Apoios: duas palmas de coqueiro (coco nucifera), de cor, entrelaçadas em baixo sob um listel de azul (blau), filatado de prata, com a palavra MACEIÓ, em letras do mesmo. Coroa mural de ouro, de cinco torres, aberta de vermelho (goles), com um escudete de prata carregado de um barrete frígio de vermelho (goles) na muralha central.
Simbologia:
A forma do escudo, retângulo de 8x7, com ângulos arredondados de 1/ 4 de círculo, é a forma usada na Península Ibérica, e adotada pelas municipalidades portuguesas.
Indica, assim, nossa origem racial, cultural e política, e faz a devida ligação do nosso passado com a história lusitana.
A faixa central, de prata, representa a restinga onde se encontra situada Maceió. De prata, para retratar sua constituição arenosa e a alvura puríssima de suas praias, bem como para simbolizar a alegria característica de sua passagem, que lhe valeu o nome, hoje clássico, de Cidade-Sorriso.
A faixa diminuída, ou divisa, ondada, representa o riacho Maceió, Salgadinho ou Reginaldo, que recebeu o nome do lagoeiro ou pântano-Massayó, e depois o transmitiu ao primitivo engenho, mais tarde à vila e à cidade; de vermelho, pois que nasce sob o nome de Rego, ou Riacho, da Pitanga (vermelho, em tupi-guarani), e corre, na maioria de seu curso, principalmente no inverno, com águas barrentas, carregadas de argila vermelha das próprias ravinas que atravessa antes de chegar à restinga.
O chefe, o primeiro quartel, carregado com uma jangada velejante de prata, representa o mar, que banha, de um lado, a restinga, e do qual a jangada é a embarcação típica e que são os de Alagoas e, particularmente, o de Maceió, e, simbolicamente, para indicar a abundância de peixes.
O contra-chefe, campanha ou terceiro quartel, recorda por sua vez, a lagoa, que limita, no outro lado, a restinga; de azul, para indicar que não se trata de água salgada, e, simbolicamente, para expressar sua formosura e serenidade; com uma canoa velejante, de prata, que é semelhante à sua embarcação característica.
A coroa mural é símbolo dos municípios brasileiros, e vem sendo usada em todos os brasões municipais, a exemplo do que acontece em Portugal. É figurada com cinco torres para indicar que se trata de cidade, e de ouro porque a cidade é capital de Estado.
O escudete, com o barrete frígio, símbolo da República, pretende recordar que, no município, nasceu o Marechal Floriano Peixoto, o Consolidador da República.
Os apoios: folhas de coqueiro, de sua cor, indicam que Maceió está situada dentro de um vasto coqueiral, mostrando, além disso, que a palmácea é a sua maior riqueza agrícola. E não é só agrícola, mas também, ornamental, emoldurando com sua beleza, as praias do mar e da lagoa, as ruas, os quintais e as praças de Maceió.
A palavra MACEIÓ, no listel, indicando o nome do município, acompanha a tradição heráldica, que nos veio através de Portugal, e que já se encontrava nos brasões nassovianos de Alagoas e de Porto Calvo.
A Bandeira de Maceió
Autor: Théo Brandão
Comissão de Estudo: Jaime de Altavilla, Theo Brandão, Jose Paulino Sarmento, Vinicius Maia Nobre e Floriano Ivo Junior.
Aprovaçao: Lei nº868, de Maio de 1962.
Leitura:
Bandeira Terçada em faixa de Verde, Branco e Azul. Na faixa branca, uma divisa ondada, de vermelho. No centro, um círculo branco, contendo o Brasão de armas oficiais do município de Maceió. Sem listel de azul.
A Bandeira procura representar as cores Verde, branco, azul e Vermelho na mesma disposição em que nele se encontram. O Brasão, reproduzindo num circulo ao centro, reforça a simbologia das cores e partições. Como se trata de bandeira, o Brasão de armas não leva o listel com o nome Maceió.
Histórico:
Em 1960, o Vice Prefeito de Maceió, Bacharel Vinicius Cansanção Filho, nomeou uma comissão para estudar um projeto de bandeira para o município de Maceió. Dois dos integrantes da comissão, o professor Theo Brandão e o Pintor Jose Paulino Sarmento, apresentaram projetos da Bandeira. Os demais membros da comissão escolheram por maioria o projeto de Theo Brandão.
A câmara de Vereadores de Maceió aprovou a lei nº868, criando a bandeira do Município de Maceió, segundo o projeto de Theo Brandão, sendo lei sancionada em 29 de Maio de 1962, pelo Prefeito em Exercício.
Hino de Maceió
Letra de: Carlos Moliterno
Musica de: Edilberto Trigueiros
Es, Maceió, Altiva e majestosa,
Feliz nascente entre a lagoa e o mar,
Ao lado da capela milagrosa
De um velho engenho pobre e secular.
Pelo trabalho e pelo esforço ingente.
Como a bravura de teus filhos nobres
E debaixo de um sol glorioso e quente.
Veio a riqueza dessas terras pobres.
A tua glória promana
Desses teus filhos audazes
Cujo alto valor se irmana
Ao dos Heróis mais capazes
Maceió, Terra adorada!
Ò terra bela e altaneira!
Tua historia e proclamada
Pela nação brasileira.
Tu tens paisagens, Maceió, famosas
Teu sol e quente e o teu lar é claro
São tuas praias belas e formosas
De um tom de prata, deslumbrante e raro
E desde o alvorecer das madrugas
Da ponta verde ás curvas do pontal
Os coqueiros e as velas das jangadas
Dão lhe um vigor de tela natural.
A tua glória promana
Desses teus filhos audazes
Cujo alto valor se irmana
Aos teus heróis mais capazes
Maceió, terra Adorada!
Tua historia é Proclamada
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