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..::..  Filhos ilustres de Marechal Deodoro  ..::..


Coronel Manuel Mendes da Fonseca

Nasceu no dia 25 de julho de 1975, filho único de Manuel Mendes da Fonseca Galvão e de dona Maria Mendes recebendo o nome do seu genitor, na localidade denominada de Sítio Gruaranha, distante uma légua da Vila de Anadia, estado de Alagoas.

Manuel Mendes da Fonseca teve uma infância certamente igual a de todos os meninos do Nordeste. No dia 25 de setembro de 1806, aos 21 anos de idade, era praça no exército do Regimento de Infantaria do Recife.

Em 1813, Manuel Mendes da Fonseca já era cabo e como tal, só se interessava pelo progresso na carreira militar, chegar aos altos postos e comandar. Na época, o exército não era regularmente organizado. Só uma grande dedicação pessoal conferia a vitória aos mais persistentes. E o Cabo Fonseca era persistente. Não se descuidava dos deveres e obrigações de soldado. Foi esse espírito militar que levou Manuel Mendes a combater, sem remorsos, os mais legítimos movimentos populares. Como militar, esteve à frente dos responsáveis pela repressão e esmagamento dos contrários à Coroa Portuguesa.

Em 06 de março de 1817, estourava no Recife uma revolução chefiada por Domingos José Martins. Com golpes rápidos e inesperados, os rebeldes dominaram a cidade e contruíram uma junta revolucionária. Dali a rebelião espalhou-se para a Paraíba, Fernando de Noronha e Bahia.

Em setembro de 1822, um grande disputa de poder tomava conta do território brasileiro, que em decorrência da Independência do Brasil, com separação do território português. Devido à resistência das tropas portuguesas aquarteladas em nosso país, alguns pontos do Brasil tornaram-se cenários para uma intensa guerra. Neste período de grande importância para a consolidação da independência brasileira, Manuel Mendes destacou-se numa arriscada missão chefiada por ele que consistia em levar reforço bélico para os soldados brasileiros que resistiam às tropas portuguesas na Bahia.

Por este fato, Manuel Mendes da Fonseca foi promovido ao posto de Alferes (o equivalente a 2º Tenente) e logo foi transferido para o corpo de infantaria da Província de Alagoas. Pouco meses depois, no ano de 1823, Mendes foi promovido a capitão. No mesmo período conheceu Rosa Maria Paulina, com quem se casou e constituiu uma das famílias mais importantes para a história do país:

Marechal Hermes Ernesto da Fonseca
Marechal Severiano Martins da Fonseca
Marechal Manuel Deodoro da Fonseca
Coronel Pedro Paulino da Fonseca
Capitão Hipólito Mendes da Fonseca
Major Eduardo Emiliano da Fonseca
General João Severiano da Fonseca
Tenente Afonso Aurélio da Fonseca

Com sua residência fixada em nossa terra, Manuel Mendes já era considerado pelo povo como mais um alagoano visando defender os nossos interesses. Foi um dos resistentes à transferência da sede provincial do Estado para Maceió.

No final de 1839, Manuel Mendes segue para o Rio de Janeiro onde se apresenta e é prontamente recolhido à fortaleza de Villegaignon, onde permanece no cárcere até abril de 1840, onde seria julgado por deserção. No entanto o Conselho da Guerra decide envia-lo para sua terra onde seria definitivamente julgado.

Ao contrário do que era esperado, Manuel Mendes da Fonseca foi exultado pelos deodorenses e volta a exercer funções na carreira militar, sendo promovido ao posto de coronel, chegando ao fim de sua carreira militar no ano de 1942.

Em 1859, após ter incentivado todos os seus filhos a seguirem a carreira militar, faleceu o patriarca do Clã dos Fonseca.


Rosa da Fonseca


Filha de Antônia Maria de Barros e José de Carvalho Pedrosa, Rosa Maria Paulina de Barros Cavalcante nasceu no dia 18 de setembro de 1802, na localidade do Sítio Oiteiro, no Povoado Riacho Velho da antiga capital de Alagoas, atual município de Marechal Deodoro.

A união de Rosa Maria Paulina com Manuel Mendes da Fonseca não era vista com bons olhos pela família Fonseca por sua origem pobre, descendente de índios e escravos. Vencendo os obstáculos da aristocracia da época, Rosa da Fonseca e Manuel Mendes casaram-se em setembro de 1824 e deram início à formação de uma das mais importantes linhagens militares do país.

Sempre se mostrando orgulhosa por ser a matriarca de uma família de importantes combatentes na guerra pela soberania brasileira, Rosa da Fonseca não deixou-se abater com a morte de três dos seus sete filhos.

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de julho de 1873, onde foi sepultada no cemitério de São Francisco Xavier.

Em 20 de agosto de 1979, em cerimonial fúnebre, com a presença de militares e cerca de 40 descendentes do fundador da República, Marechal Deodoro da Fonseca, foram translados os restos mortais de Rosa da Fonseca para o túmulo monumental de Deodoro, no já citado cemitério de São Francisco Xavier.

A lápide do antigo túmulo de Rosa da Fonseca encontra-se na Casa de Deodoro, em Marechal Deodoro, para visitação pública.


Marechal Hermes da Fonseca


Hermes Ernesto da Fonseca nasceu em Alagoas, no atual município de Marechal Deodoro, em 11 de setembro de 1824.

Em 25 de setembro de 1841, aos 17 anos, tornou-se praça no 1º Batalhão de Artilharia, matriculando-se na Escola Militar da Corte.

No dia 14 de março de 1844 foi nomeado alferes. Serviu na província da Bahia e em Pernambuco, onde tomou parte na repressão à revolução Praieira. Destacou-se ainda nos combates de Camaragibe, Serrinha e Pau Amarelo. Por isso foi promovido a 2º Tenente neste mesmo ano.

Em 1848 era comandante do Batalhão de Artilharia de Montanha em Pernambuco, combatendo os insurgentes que atacavam em Recife. Nesta oportunidade foi promovido a 1º Tenente.

Em 1851 fez parte das tropas brasileiras que, conjuntamente com os exércitos aliados do Paraguai e Uruguai, derrotaram o ditador Juan Ortiz Rosas. Depois da evacuação de Montevidéu, comandou a Artilharia das Tropas de Observação na fronteira do Rio Grande do Sul.

No ano de 1853, já como capitão, comandou em Bagé, uma bateria da Divisão de Informações, a qual invadiu o Uruguai em defesa dos brasileiros residentes naquele país.

Em 1866, já promovido a major, acampou às margens do rio Paraná, frente às fortificações inimigas paraguaias no Itaipiru. Junto ao Passo da Pátria atravessou o rio e bombardeou as tropas inimigas, participando de um dos mais violentos combates das tropas paraguaias.

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