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BAIRROS DE MACEIÓ


ANTARES

O bairro de Antares foi criado no inicio da década de 80, através do parque urbanístico Loteamento Terra de Antares, localizado a margem da via expressa oficialmente homologada  como av Menino Marcelo. Possui aproximadamente 94 logradouros, sendo 7 avenidas vários loteamentos, condomínios e conjuntos habitacionais.
Em 2000 através de lei municipal 4.952/2000 passou a ser um bairro oficial com os limites:

Ao Norte com Tabuleiro do Martins e Cidade Universitária, ao Sul com Jardim Petrópolis e Serraria ao Leste com Benedito Bentes e a Oeste com Santa Lucia.

Associação de Equoterapia de Alagoas

Situada à Rua Paulo Roberto de Farias, 65, A Associação de Equoterapia de Alagoas - AEA através do Centro de Equoterapia de Alagoas - CEA vem desenvolvendo seu trabalho sob o modelo de atuação entendo a Equoterapia como potente estimulante do Sistema Nervoso Central SNC - tal compreensão permite e possibilita a utilização deste procedimento como um acelerador dos efeitos das terapias convencionais.


Os resultados são ainda mais satisfatórios quando se trabalha associando a Equoterapia a intervenções médicas, psicológicas, fonoaudiológicas, fisioterápicas e psicopedagógicas simultaneamente ao movimento significante do cavalo - assim entende-se a Equoterapia como um campo de interdisciplinaridade que possibilita não só a visão como também a atuação mais global de Terapias Integradas que trazem satisfatoriamente resultados mais concisos e perenes.

BARRO DURO

       O Bairro do Barro Duro foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.
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 BOM PARTO

         Da lenda do “padre sem cabeça” à fábrica de Alexandria
O Bom Parto é um dos mais populares bairros de Maceió. É também um dos que apresenta menor extensão, encravado entre o Farol e a Lagoa Mundaú, dividindo-se com o Mutange e a Cambona. Já foi um típico bairro operário, com a Fábrica de Tecidos Alexandria, onde quase toda população dependia dessa atividade econômica. É também um bairro típico que tem suas lendas, como a do “padre sem cabeça”, contada pelos moradores da Gruta do Padre.
A historia do bairro está ligada ao binômio fábrica-igreja. Nas ruas estreitas com casas conjugadas, onde viviam os operários, ainda persiste o hábito de conversar na calçada, hoje não mais com o entusiasmo dos velhos tempos, onde se comentava o dia-a-dia da fábrica. Mas os aposentados sempre têm algo para contar dos bons tempos da Alexandria; das festas; do bonde que transportava os moradores para o centro da cidade, além dos bailes na sede do sindicato.
A origem do nome é a própria religiosidade dos moradores. A Igreja de Nossa Senhora do Bom Parto é o símbolo do bairro. Bom Parto, porque a mãe de Jesus (Virgem Maria) teve um bom parto. A paróquia foi criada em 1949, sendo o primeiro pároco, o padre Brandão Lima, nome do colégio, que é um dos maiores da rede da CNEC.
Os saudosistas que vivem ainda hoje no Bom Parto lembram dos tempos de apogeu da fábrica Alexandria, de Mário Lobo. Naquela época, tudo era fartura. Os operários recebiam todo tipo de ajuda, e almoçavam no refeitório da própria fábrica. Nas proximidades da Igreja existia uma feira livre, evitando que os moradores se deslocassem para o Mercado Público.
A fábrica fechou em 1966. ainda demorou muitos anos com toda a estrutura intacta para que os ex-empregados pudessem relembrar os bons tempos. Depois, foi derrubada, dando lugar a depósitos de outras empresas.


                                                              
Fábrica Alexandria era o sustento das famílias


Durante mais de um século o setor têxtil disputava a liderança da economia alagoana com o açucareiro. No início do atual século, existiam em pleno funcionamento cerca de 20 fábricas de tecidos, que empregavam milhares de alagoanos. A Alexandria foi uma delas. Encravada no bairro do Bom Parto, próximo ao centro de Maceió, era o sustento de centenas de famílias, que trabalhavam em seus vários setores.
Dona Maria José da Silva, hoje com 76 anos, trabalhou na fiação. Ainda guarda sua carteira de trabalho com o registro. “Empresa Cotonifício Alexandria S/A”. a casa onde mora há 40 anos, foi doada pela fábrica, e conserva a mesma estrutura, numa das travessas do bairro.Os tecidos da Alexandria eram disputados pelos consumidores. Fabricavam-se fustão, murim e tecidos de xadrez, além de outros.
Os tecidos da Alexandria eram disputados pelos consumidores. Fabricavam-se fustão, murim e tecidos de xadrez, além de outros. Era uma produção grande, em três turnos de trabalho. Tudo no bairro girava em torno da fábrica. As casas dos operários possuíam toda a infraestrutura de conforto e segurança. Eram mais de mil casas de vários padrões. As que se localizavam na rua principal, eram mais amplas, e para funcionários com cargos mais elevados.
O Sindicato dos Trabalhadores funcionava obedecendo criteriosamente a legislação trabalhista criada por Getúlio Vargas. Nunca houve greve. Tudo era resolvido na base da negociação. A parte social era perfeita.
Nunca ocorria falta de energia elétrica, garantindo os três turnos de trabalho. A fábrica possuía gerador próprio, que também servia para a vila operária. Na época em que a energia na cidade era precária, sempre com sucessivos cortes, o Bom Parto continuava iluminado. A fábrica foi vendida pela família Lôbo ao Cotonifício Torres, do Recife. Pouco tempo depois foi fechado. Mas os operários devidamente indenizados e com garantia moradia.
Nos tempos dos bondes o lazer dos moradores
A passagem dos bondes que iam e vinham do Bebedouro sempre foi uma atração a parte para os moradores do Bom Parto, bairro tipicamente operário, próximo ao Centro de Maceió. Na rua da frente, eram os bondes, e na detrás, os trens de passageiros, que seguiam para o interior e para o Recife. Acenar para quem passava era costume da garotada, algumas até sonhando em andar de trem.
Mas os bondes serviam de lazer para quem aproveitava o final de semana para ir a praia da Avenida. Logo cedo, a família se preparava para esses momentos de prazer. À noite, também seguiam para o Centro, onde assistiam aos filmes e passeavam no comércio, vendo vitrines.
Carro de passeio era coisa rara. Vez por outra passavam aqueles automóveis luxuosos dos ricaços que moravam em suas mansões em Bebedouro, e seguiam para o Centro ou Jaraguá, onde mantinham seus escritórios. O bairro sempre foi passagem obrigatória para quem morava em Bebedouro, naquela época o bairro nobre da cidade.
Igreja sempre foi ligada às atividades da fábrica
A Igreja de Nossa Senhora do Bom Parto, uma das mais bonitas de Maceió, sempre foi ligada as atividades da fábrica. O primeiro pároco foi o padre Brandão Lima, que faleceu em 1959, num acidente de bicicleta no trajeto entre sua casa e a igreja. Depois passaram outros párocos, até que em 1964, ficou sendo administrada pelos franciscanos.
É frei Francisco Bruno, conhecido como frei Bruno, 45 anos, o atual pároco. Cuida de evangelizar os moradores. Prepara crianças para a primeira eucaristia, celebra missas, casamentos, batizados e outras cerimônias.
A lenda do “padre sem cabeça”
Dona Elza Eliziário, mora na Gruta do Padre, um prolongamento do Bom Parto, há 26 anos. Sabe contar detalhadamente a lenda que gerou o nome desse núcleo habitacional, hoje, com varias melhorias, feitas pela Prefeitura.
Segundo a moradora, o nome Gruta do Padre deve-se a um padre que era apaixonado por uma mulher casada, e nas “caladas” da noite se encontravam. Toda a população sabia, menos o marido. Até que ele descobriu e matou o padre. A partir daí o padre aparecia sempre debaixo de uma arvore logo que a noite chegava. Os moradores o viam de batina e sem cabeça. O medo tomava conta de todos que evitavam passar pelo loca.
Para dona Elza (que nunca viu essa visão) tudo não passa de uma lenda. Até porque ninguém sabe o nome do padre ao menos o da mulher. Ela mesma já passou altas horas da madrugada pela arvore, onde diziam que o padre sem cabeça aparecia, e nunca viu nada. Mas a lenda existe, e a Gruta do Padre ficou com esse nome.

Saudosistas lembram bailes do Sindicato
Quem viveu no Bom Parto nas décadas de 40, 50 e 60, não esquece dos bailes promovidos pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fábrica Alexandria. Localizado na rua principal, seu salão se transformava numa grande festa, recebendo, inclusive, visitantes de outros bairros.
Todo final de semana tinha festa no Sindicato. Em época de Natal, São João e Carnaval, o salão ficava lotado. As moças caprichavam no visual e a orquestra tocava as musicas da moda.
Antonio Luiz dos Santos, 76 anos, foi presidente do Sindicato, quando a fábrica funcionava a todo vapor. As festas são inesquecíveis. No Carnaval, tinha os bailes noturnos e as matines para as crianças, filhos dos operários. Hoje, aposentado, residindo no Farol, lembra saudosista dos bons tempos da Alexandria.

CANAÃ

O Bairro do Canaã foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.



CHÃ DA JAQUEIRA

          De Vila Praxedes a Chã da Jaqueira

Tudo começou em 17 de março de 1958 nas terras de Djalma Fragoso de Alencar e Manoel Inácio de Almeida, que resolveram lotear o lugar. O primeiro comprador Sr. Wilson Praxedes de Oliveira, natural da cidade de Cortez – Pernambuco, adquiriu um lote 20 X 40 m. por R$ 125.000,00 (Cento e Vinte e Cinco Mil Reis), limpou o terreno e com a madeira do local construiu a primeira casa (localizada hoje na rua Manoel Inácio 279) foi morar com a esposa Eliene Lins de Oliveira e quatro filhos. O loteamento foi crescendo, Sr. Wilson começou a levar parentes, compadres e amigos para o local. Tudo era mata fechada, a água era retirada da gruta da jaqueira.
No governo de Silvestre Péricles foi aberta uma estrada ligando Bebedouro. Passando pela Granja Conceição saindo do Canaã, construindo através dos presidiários. Em baixo tinha uma nascente e um pé de jaqueira e os presos acampavam ali para fazer o almoço. Um dia deixaram fogo no pé da jaqueira que terminou morrendo. Neste local Sr. Wilson Praxedes fez uma cacimba a qual tirava água para beber, tomar banho, etc ... Hoje conhecido como Monte Azul. Sr. Né Fragoso perguntou a Wilson como é que denominava a Chã ? Ele respondeu: – Chã da Jaqueira, porque lá é a gruta e aqui é a Chã. E assim ficou ... a maioria dos moradores são oriundas no interior como Palmeira dos Índios, Atalaia, Arapiraca, Viçosa, Capela do estados de Pernambuco, Paraíba e outros.
No governo de Luiz Cavalcante foi construída a estrada Chã da Jaqueira – Bebedouro conhecida como “Estrada de acesso a Vila Praxedes”.
Em 3 de março de 1968 foi fundada a Sociedade São João Batista, tendo como primeiro presidente o Sr. Wilson Praxedes, com o objetivo filantrópico, proporcionando assistência médica, odontologia e funerária. A Sociedade Beneficente foi ganhando credibilidade, funcionando até os dias de hoje.


Limite oficial do Bairro

Ao norte com Petrópolis e Santo Amaro, ao sul com Bebedouro, ao leste com Gruta de Lourdes e a oeste com Chã de Bebedouro. A lei municipal 4.952 de 06 de janeiro de 2000 limita e define o ponto inicial e final: Encontro da Avenida Tereza Lucena Quintela com a Alameda Alm. Manoel Mendes (QD. C-20 do loteamento Jardim Petrólopis) O bairro tem uma área de 1.290 Km2 e um perímetro de 5.439 metros e esta localizado da região administrativa 4 da Cidade de Maceió.

Juscelino Kubistischek  x  Chã da Jaqueira

Em 27 de outubro de 1976 a lei municipal 2.308 denominou de presidente JUSCELINO KUBISTISCHEK, o atual local chamado de Chã da Jaqueira no bairro de Bebedouro. Esta lei não agradou aos moradores, que democraticamente resolveram revogar. Em 3 de outubro de 1977, quase um ano depois, lei 2.399 era sancionada pelo prefeito Dilton Simões  com o seguinte texto: “Denomina-se a atual localidade Presidente Juscelino Kubistischek no bairro de Bebedouro, nesta cidade, passa a chamar-se CHÃ DA JAQUEIRA”. Voltando assim o nome original.
O Sr. Manoel Antonio dos Santos, natural de Palmeira dos Índios, 72 anos conta que a comunidade é uma das mais organizadas. A religião católica predomina, mas os evangélicos são unidos e fazem reuniões conjuntas praticando o ecumenismo.
O padroeiro local é São João Batista que sempre no mês de junho a procissão  sai pelas principais ruas do bairro.
Guerreiro, o Folclore
O Sr. José Tenório dos Santos, natural de Mata Grande, escolheu Chã da Jaqueira para fixar o folclore através do guerreiro denominado “Vencedor Alagoano”, formados por componentes do próprio bairro, com sede na rua arame próximo ao final do ônibus. Comandado pelo “mestre” Juvenal a equipe faz jus ao nome, ganhando vários prêmios e se destacando no Estado através do radio televisão e imprensa especializada. Fazendo com isso, além de enriquecer o turismo local, ecoar e divulgar o nome do bairro de Chã da Jaqueira. O guerreiro é cadastrado na Secretaria de Cultura, podendo ser visto nas festividades nas praças e eventos culturais.
Um bairro independente
O bairro possui um grupo de 1º e 2º graus, Delegacias, Mini Pronto Socorro, Feira-Livre, que funciona aos domingos, varias lojas de material de construção, de confecções, farmácias, açougues, bombonieres, padarias e etc. um bairro independente. No início era conhecida como “terra de índio” hoje com mais de 40.000 mil habitantes o bairro é um dos mais organizados com o seu povo simples e trabalhador.

 CHÃ DE BEBEDOURO

O Bairro de Chã de Bebedouro foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.
Ponto inicial e final: Encontro da Rua Marquês de Abrantes com a Rua Prof. Benedito Silva.
Descrição do perímetro: Do ponto inicial segue pela Rua Prof. Benedito Silva até o encontro com a Rua Faustino Silveira. Segue por esta última e depois pela estrada da Goiabeira até o prolongamento do talvegue existente na altura do Sítio Serra Azul. Segue por este prolongamento e depois pelo referido talvegue até o encontro com a Avenida Jorge Montenegro Barros. Segue por esta Avenida até o encontro com o talvegue existente na direção nordeste. Segue por este último até o encontro com o Riacho Silva, continuando por este até a pequena ponte na Rua Marques de Abrantes. Segue pela Rua Marquês de Abrantes até o ponto inicial, no encontro desta com a Rua Prof. Benedito Silva.


CIDADE UNIVERSITÁRIA

            Hospital Universitário, a origem do bairro
       As primeiras discussões em torno da criação de um Hospital Universitário (HU) em Alagoas surgiram em 1950, quando entrou em funcionamento na capital a Faculdade de Medicina. A idéia era criar um espaço que servisse de campo de aplicações práticas para o ensino e a pesquisa na área médica. Na época, os alunos do curso de medicina contavam com a colaboração da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, que fazia o papel de hospital-escola.
        Na década de 60, a Faculdade de Medicina passou a ser uma das unidades integrantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), criada no dia 25 de janeiro de 1961 pela Lei de nº 3.867. Este fato incentivou a Academia a elaborar um projeto ousado para construção de uma Cidade Universitária que aglomerasse todas as unidades de ensino pertencentes a Ufal. O projeto começou a virar realidade em 1967, quando teve início a construção do Campus Aristóteles Calazans Simões (A.C.Simões), às margens da BR 101, na faixa limítrofe do município de Maceió.
        A construção do prédio do Hospital Universitário foi simultânea às obras do Campus. Em março de 1968 foi concluída a primeira etapa do então chamado “Hospital das Clínicas” e dois anos após, exatamente em março de 1970, a estrutura do HU já contava com três etapas prontas e uma quarta contratada e iniciada. Segundo registros documentais da Ufal, o hospital era “obra prioritária, não só para a Cidade Universitária, mas para o Estado”. A importância do hospital-escola para o ensino médico e para assistência às classes menos favorecidas do Estado, ficou evidenciada em todos os discursos proferidos pelo reitor da época Aristóteles Calazans Simões, autoridades do governo e integrantes da Academia na época.
        Finalmente, em 1973 foi dado início às atividades docentes e assistenciais no Hospital Universitário em sede própria - ainda em construção - no Campus A.C. Simões. No ano anterior, precisamente em 13 de novembro de 1972, a Ufal assinou um convênio de extrema importância para a história do HU, com o governo do Estado e o The People to People Health Fundations Inc. O convênio visava dinamizar os cursos e serviços médico-odontológicos da Universidade, através do Projeto HOPE, da universidade de Harvard dos Estados Unidos.
        A vinda do Navio-Hospital HOPE para Maceió foi um divisor de águas do ensino médico e assistencial no Estado. O navio atracou no cais de Maceió em janeiro de 1973, trazendo a bordo o presidente do Projeto, dr. Williams B. Walsh e uma equipe multiprofissional de cientistas, médicos e enfermeiros, além de tecnologia de ponta. O objetivo era desenvolver com os alagoanos, sob a coordenação do médico Úlpio Paulo de Miranda, programas de treinamento, pesquisas e atendimentos de casos clínicos de interesse científico. A parceria com o HOPE, que permaneceu um ano em Maceió, contribuiu significantemente para a capacitação dos profissionais da área que trabalhavam no Hospital Universitário.                       
        Em 1974, começam no HU as atividades de internamento com 56 leitos, instalados nos blocos destinados ao ambulatório, que sofreram adaptações para atender a esta finalidade. Em 1975 o Hospital Universitário integrou-se na política e diretrizes nacionais estabelecidas para os hospitais de ensino, realizando simultaneamente serviços assistenciais na área de saúde e servindo de suporte básico para a formação de profissionais desse setor. Neste ano o HU contabilizou 404 internamentos, 508 cirurgias e 16.788 consultas em suas instalações, ainda em construção.
        Somente em 1977 o prédio do HU passou por adaptações para que fosse inaugurada a unidade de clínica obstétrica com 20 leitos. Também foram reajustadas as quantidades de leitos para a clínica médica e cirúrgica, expandindo de 56 para 100. Segundo os relatórios da Ufal, a construção do HU havia consumidor até 1977, recursos da ordem de CR$ 37,7 milhões ( trinta e sete milhões de cruzeiros).
    Finalmente em 1978 foi concluída a construção de toda parte térrea do Hospital Universitário. Neste ano o HU contava com pessoal de nível superior (docente), pessoal técnico e de apoio. Apresentava uma proporção de 1,9 funcionários por leito e foram ofertados 1.662 internamentos.
        Um fato marcante na vida do HU foi a aprovação, em 1979, do quadro próprio de pessoal, possibilitando a partir de 1980, manter profissionais paramédico, técnico e administrativo num patamar mínimo necessário para atender à demanda. Ainda neste período, a Direção do Hospital Universitário, que tinha à frente o dr. Manuel Calheiros da Silva, apresentou ao PREMESU/MEC uma proposta de conclusão e implantação definitiva do HU, solicitando recursos para terminar as obras físicas e respectivas instalações, equipamentos e custeio. 
        Essa proposta garantia o funcionamento de 150 leitos, a partir de agosto de 1979. Em 80, eram ofertados à população 105 leitos, foram realizadas 1.598 internações e 29.777 consultas no ambulatório.


         Expansão e reconhecimento
      A década de 90 foi marcada por uma expansão do HU, tanto na estrutura física com a inauguração da lâmina vertical e da área administrativa, como no desenvolvimento do gerenciamento decorrente do grau de complexidade administrativa alcançado. A partir de 1991, com a assinatura do convênio com a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Pesquisa e Extensão (FUNDEPES), o HU passou a ter uma gestão financeira mais autônoma, assumindo com recursos oriundos do convênio com o SUS, os gastos com custeios de materiais de consumo e uma parte das despesas de capital, como a aquisição de alguns equipamentos. As despesas com folha de pessoal, energia, vigilância e limpeza continuaram vinculadas ao orçamento da UFAL.
     1994, destaca-se o lançamento da Revista Científica do HU, onde estão registrados e avaliados os trabalhos de pesquisas e extensão, além das novas técnicas na área da medicina. Com a lâmina vertical, os setores passaram a ter ala exclusiva e melhor estrutura para o desenvolvimento das atividades assistenciais e acadêmicas, como salas de aula, sala para chefias médicas e enfermagem. São criadas na Clínica Cirúrgica, enfermarias exclusivas para a Ginecologia e o setor de Coloproctologia, com formação do grupo de apoio aos pacientes customizados. Na pediatria são criados os berçários normal e patológico.
       A partir de 1996 são realizadas reformas nos serviços de apoio ao diagnóstico. O tratamento é ampliando, adquirindo qualidade como, por exemplo, a reestruturação do setor de ultra-sonografia e do banco de sangue que passam a contar com uma nova estrutura física. O laboratório de patologia clínica é premiado com o título de qualidade.
        O HU passou a contar, também, com projetos como do REFORSUS e do Ministério da Educação e Cultura, já aprovados, aguardando os recursos para reestruturar fisicamente o ambulatório, equipar as clínicas, a lavanderia, ultra-sonografia, entre outros setores, adquirindo uma gama-câmara, uma ambulância equipada para atendimentos de urgência, ultra-sons, além de outros equipamentos essenciais.
        Neste período o Hospital Universitário exerce uma grande influência no campo da saúde no município de Maceió, ofertando serviços de apoio ao diagnóstico, de internação e ambulatorial, contando com centro cirúrgico, centro obstétrico, UTI, Central de Quimioterapia, Central de Esterilização e um Hospital - Dia para doenças infecciosas. Esse último, com 06 leitos, salas para atendimento ambulatorial de psicologia, enfermagem e clínico na área de doenças infecciosas. Ainda neste período, reestrutura-se o pátio do estacionamento com um novo lay-out que oferece à ambulância espaço para acesso ao hall de entrada exclusivo, dando maior segurança e rapidez.
      Há também uma preocupação maior com a estrutura organizacional. A marcação de exames foi informatizada, bem como, o patrimônio e o almoxarifado. No mesmo sentido há projetos em andamentos para o setor de compras, licitação, farmácia. São também adquiridos computadores para manutenção, coordenadoria de materiais, e o serviço de nutrição e dietética. Em setembro de 1999 em homenagem ao professor e dr Carlos Alberto Fernando Antunes, acrescentou o nome dele ao hospital. A proposta foi aprovada em 2000, pelo conselho de diretores durante a primeira gestão do médico João Macário Omena no HU. O hospital passou, então a se chamar Hospital Universitário Professor Alberto Antunes.
       
          UFAL - Universidade Federal de Alagoas
       A Universidade Federal de Alagoas maior instituição pública de ensino superior do Estado foi criada em 25 de janeiro de 1961, por ato do então presidente Juscelino Kubitscheck, visando atender as reivindicações do movimento estudantil, de parlamentares, de professores e de toda comunidade alagoana. Naquele momento era imperativo que todos se reunissem em torno da grande causa, uma vez que uma Universidade Federal em Alagoas, representaria a possibilidade da realização de pesquisas e a formação de profissionais voltados para a realidade local. Diziam os estudantes da década de 60: “o verdadeiro espírito universitário seria formado pela atenção aos problemas do Estado, buscando soluções específicas”.
Os dez primeiros anos da Universidade Federal de Alagoas foram conduzidos pelo Reitor professor Aristóteles Calazans Simões. Empossado em outubro de 1961, o primeiro Reitor da UFAL tinha como principal meta a criação de um Campus Universitário, pois das seis Faculdades que faziam parte da nova Universidade apenas duas funcionavam em instalações adequadas. As demais estavam alocadas em espaços que comprometiam seu bom funcionamento. A Escola de Engenharia estava instalada no antigo prédio da Escola Técnica, Odontologia mal acomodada num edifício que havia sido construído com propósitos residenciais. Filosofia junto ao Colégio Guido de Fontgalland e Ciências Econômicas, também sem sede própria. Faltava ainda um prédio aonde acomodar a Reitoria. Eram essas as razões que levaram o Reitor da UFAL a dedicar todo o seu reitorado ( que durou três mandatos) à criação de espaços físicos, de instalações adequadas, de construções e de reconstruções. Mais dois objetivos norteavam a prática do Reitor: a criação de uma assistência aos estudantes e a atividade cultural que compreendia além de conferências e seminários, programações artísticas que iam de projeções cinematográficas a programas folclóricos e excursões culturais.
        O sonho ou a idéia fixa, como o próprio professor A.C. Simões costumava falar começa a se tornar realidade em 1966 com a construção dos primeiros prédios. E assim vai surgindo, paulatinamente, a Cidade Universitária... Em seu discurso de despedida, quando deixa a reitoria, afirma categórico: Alagoas tem hoje a sua pequena Brasília Universitária, absolutamente irreversível. Em reconhecimento ao seu esforço e tenacidade, o conselho universitário lhe outorga, em 1970, a honra de denominar a Cidade Universitária da UFAL de Campus A C. Simões.
         Infraestrutura do Bairro
        Cidade Universitária, possui diversos conjuntos habitaionais como o Eustáquio Gomes de Melo, Tabuleiro do Martins, Vilagge Campestre, Inocoop, Graciliano Ramos, Loteamentos Jardim da Saúde e Simol. 
        No bairro esta situado o Sistema Prisional do Estado. O Baldomero Cavalcante, Rubens Quintella, Cyridião Durval, presídio feminino Santa Luzia, além do Centro Psiquiátrico Judiciário, gerenciado pela Secretaria Executiva de Ressocialização.
  
CONJUNTO GRACILIANO RAMOS

   
No ano de 1992, em Maceió na capital das Alagoas, a Caixa Econômica Federal construiu um conjunto habitacional denominado Graciliano Ramos, localizado na cidade universitária, tendo como moradores pessoas vindas dos mais variados bairros da capital Maceió, como também pessoas oriundas do interior do Estado e de outras capitais.

O conjunto Residencial Graciliano Ramos, quando surgiu há 13 anos trouxe consigo a valorização do escritor alagoano nascido em Quebrangulo e que também foi prefeito de Palmeira dos Índios ambas interior de Alagoas, considerado por grande parte da crítica o melhor romancista moderno.

Universal no pensamento, Graciliano registrou em suas obras: Caetés, Vidas Secas, Angústia, Infância, Memórias do Cárcere, São Bernardo e A Terra dos Meninos Pelados, a grandiosidade do homem em sua humilde origem, fazendo uma análise que leva a tensão presente nas relações homem x meio natural, homem x meio social, tensão essa geradora de um relacionamento violento, capaz de moldar personalidades e de transfigurar o que os homens têm de bom, arraigado ás suas tradições e costumes e valorizando a sua terra, fazendo dessas obras uma contínua reflexão da condição humana.

Quando a Caixa Econômica Federal escolheu esse nome, mobilizou um grande movimento em toda capital para se conhecer e descobrir esse escritor alagoano de Quebrangulo e que foi o prefeito mais honesto da história de Alagoas. Atuou também como Secretário de Educação do Estado e Diretor da Impressa Oficial e foi comerciante de tecidos. Esses componentes biográficos orgulham aos moradores dessa comunidade, pela sua importância enquanto homem, pensador e escritor.

Com a construção do conjunto residencial Graciliano Ramos, a empresa de ônibus Massayó vem disseminando o nome dessa efeméride alagoana, tendo ônibus que circulam em todos os bairros da grande Maceió, popularizando o nome do escritor em rotas que levam ao bairro, como por exemplo: Graciliano Ramos – Centro Graciliano Ramos – Ponta Verde Graciliano Ramos – Farol Graciliano Ramos – Trapiche.

O nome passou a ser uma referencia visual mesmo para quem não conhece Graciliano Ramos. No entanto, já virou até apelido e quando se pergunta onde você mora? A resposta geralmente usada por seus é: “moro no graça”. Inconscientemente, os moradores já previam que teriam em suas casas, a convivência com o mestre “graça” e isso seria também uma oportunidade para o desenvolvimento social, cultural e econômico.

O conjunto habitacional está dividido em 30 quadras e 50 ruas que não têm nomes, mas são identificadas por números (ex: rua 22), não humanizando o que se pode dizer o nome da “minha rua”, coisa que agrada e satisfaz ao povo nordestino.

No conjunto residencial Graciliano Ramos, todas as casas têm uma estrutura básica de construção e metrificação, com área total 160m2 sendo 48m2 de área construída, com 2 quartos, 1 sala, 1 banheiro, 1 cozinha e 1 área. Em janeiro de 2003, o governo do estado inaugurou a escola estadual Geraldo Melo, com perpesctiva de atender a 2400 alunos do ensino fundamental e médio nos três turnos, localizada entre o terminal de ônibus e o galpão onde se desenvolvem as ações do Projeto Graciliano é uma Graça.

Os moradores do conjunto contam também com a escola municipal Hévia Valéria, localizada no bairro vizinho, Village Campestre, ao qual atende ao Ensino fundamental.
Em fevereiro de 2002, a Prefeitura Municipal de Maceió atendeu ao clamor do povo e construiu a primeira, e até então única praça do conjunto, e para manter o mérito alusivo ao patrono, a praça com 30m2 de área denomina-se Praça Escritor Graciliano Ramos, que teve esse nome a partir de um plebiscito comunitário realizado pela associação dos moradores para escolher o nome da praça que tem infra-estrutura de lazer e que funciona como local preferido dos jovens e espaço para apresentar as expressões artísticas da comunidade, onde jovens param para conversar e comer pipoca; lugar em que as crianças brincam em um parque com gangorras, balanços, e os aposentados gostam de jogar dominó; tem uma fonte luminosa no centro da praça, um coreto que homenageia ao morador (falecido) Sr. Messias, que implantou o clube bico do corvo, uma escolinha aberta, em praça pública, com o ensino de xadrez para crianças e adolescentes.

A associação de moradores com a mobilização comunitária conseguiu junto a Prefeitura Municipal de Maceió, construir uma entrada com jardins e semáforo no acesso ao mesmo, facilitando a visibilidade ao bairro de quem trafega na única Via Expressa da capital que liga o aeroporto aos hotéis do litoral e que esses ônibus turísticos, passam e param pelo semáforo em frente ao portal de acesso ao conjunto.

Ao entrar no conjunto Graciliano Ramos, a situação hoje, poderia não agradar ao gestor Público Graciliano Ramos, pois as ruas são de terra batida, há apenas um corredor de ônibus calçado com pedras paralelepípedos, na chamada avenida principal, dando inclusive um certo clima interiorano, meio Quebrangulo, um pouco Palmeira dos Índios que remete ao seu patrono.

Aqui tem quase tudo que uma cidade cenográfica tem: A Igreja Matriz São Vicente de Paulo, que tem o coral “Pequeninos Sonhadores da Paz” com crianças da comunidade, 1 posto policial militar, 4 mini-supermercados, 1 posto de gasolina, 3 pizzaria, 9 padarias, 6 farmácias, 13 vídeo games, 3 bares com música ao vivo, 18 barracas de quitutes, 20 salões de beleza, 2 bombonieres, 6 igrejas evangélicas de várias denominações, 1 centro espírita Kardecista, 1 terreiro de Candomblé, 14 escolas particulares de educação infantil, 3 escolas particulares de ensino fundamental e médio, 1 escola particular de informática com 6 computadores, 20 Lojinhas de produtos artesanais feitas pelos próprios moradores, 2 Serralharias, 3 marcenarias, 5 depósitos de construção, 6 Açougues de carnes e aves, 1 feirinha de frutas e verduras aos fins de semana com 59 ambulantes moradores do bairro e que atendem aos próprios moradores, devido à distância de 18Km do Mercado central (CEASA), 1 rádio comunitária, 4 papelarias.

Partindo do princípio que o conjunto habitacional recebe o nome do escritor alagoano Graciliano Ramos, nasceu em 12 de abril de 2002, o “Projeto Graciliano é uma Graça”, com o objetivo de ampliar a compreensão político social da obra de Graciliano Ramos e sua intervenção na melhora da compreensão da qualidade de vida da comunidade.

Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares


Maceió entrou na rota dos grandes aeroportos do Nordeste. O Governo Federal e a Infraero construíram o novo Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, com 22 mil metros quadrados de área e capacidade para receber 1,2 milhão de passageiros por ano. A inauguração foi realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 16/09/05.

Agora, o aeroporto oferece mais conforto aos usuários e passageiros. São 24 balcões de check-in, sete escadas rolantes, quase 600 vagas de estacionamento e quatro pontes de embarque – equipamentos que evitam o acesso a pé às aeronaves.

Maceió também passa a contar com o aeroshopping – espaço para 62 estabelecimentos comerciais de compras, lazer e arte, que serão ocupados gradativamente. Pelo mirante panorâmico, os passageiros podem ter visão direta do pátio de aeronaves.

O novo terminal de passageiros foi construído com a mais moderna tecnologia. É totalmente climatizado, com sistema informatizado que regula desde a intensidade da iluminação e do ar refrigerado, até a velocidade das escadas rolantes.

E é o primeiro aeroporto do Brasil a contar com sistema de cogeração de energia, parceria da Infraero com a Petrobrás, que permite uma forma de energia ambientalmente limpa, com a utilização de gás natural.

Tudo no novo aeroporto foi pensado em elementos do Estado, como, por exemplo, as torres do pátio de aeronaves, que lembram as jangadas da Praia de Pajuçara, e o teto, que tem a mesma cor do mar de Maceió. São quatro pontes de embarque ao todo, além de mais 15 posições remotas para estacionamento de aeronaves. A capacidade atual do aeroporto é de 2 milhões de passageiros por ano, mas pode chegar a 2,5 sem necessidade de reformas estruturais no prédio.

A ampliação da pista, que agora tem 2,6 mil metros, permite a ligação direta de Maceió a Londres, Roma ou Cairo, sem escalas ou conexões.

  
Feitosa

Tudo começou em 1894, com a chegada do casal José Feitosa e Maria Feitosa da Conceição, que saiu e Bom Conselho (PE), para tentar a sorte em Maceió. Era tudo mata fechada. Construíram uma casa de taipa coberta de palha, e começaram a trabalhar, retirando madeira, fazendo carvão, vendendo e cultivando a terra com pequenas lavouras. Assim nasceu o Feitosa, bairro espremido entre o rico Farol e o pobre Jacintinho. Hoje, com dezenas de ruas, conjuntos habitacionais, comércio intenso e até uma emissora de rádio a comunitária Bella Vista FM 89,7.   Dona Maria Feitosa sobreviveu até os 110 anos, sempre morando na mesma casa, na rua Acre. Trabalhou muito para criar seus filhos. Vendia lenha, palha, vassoura e era uma dedicada dona de casa. Sua neta Luzinete Silva Santos lembra saudosista da velha fundadora do bairro, com quem conviveu até sua morte.

Com ela, subia e descia ladeira que dava acesso ao Farol, para pegar o bonde e ir até o Centro da cidade. Tudo era esburacado, mata fechada e riachos de águas limpas. O segundo morador do Feitosa foi Manoel Tavares Duarte, oriundo de Quebrangulo. Tinha um sítio, com criação de cavalos, bois e vendendo lenha. Sua neta Luzinete de Oliveira Tavares ainda mora no bairro e lembra que, com a chegada da água em 1968, o progresso foi chegando aos poucos. E, com ele, o desmatamento.

Os limites do Bairro

Através da lei municipal 4.952/2000, publicado no Diário Oficial do Município em 07 de janeiro de 2000  o bairro foi definido os seguintes  limites: ao norte com Barro Duro, ao sul com Jacintinho e Farol, ao leste com São Jorge e a oeste com Pitanguinha e Gruta de Lourdes
Ponto Inicial
Ponte sobre o Riacho Reginaldo, na Avenida Governador Afrânio Lages
Descrição do perímetro: (texto original da lei)
Do ponto inicial segue a montante do Riacho Reginaldo até o talvegue que antecede a Avenida Rotary, situado à leste, paralelamente a esta avenida. Segue por este talvegue até atingir o prolongamento da Rua São Francisco de Assis. Daí, segue por esta até a Avenida Jucá Sampaio. Segue por esta Avenida até a Rua Santo António. Segue pela Rua Santo António e pelo seu prolongamento até encontrar o talvegue do Riacho Águas de Ferro. Segue para sudeste por este talvegue até o encontro com o pequeno talvegue que situa-se na altura da Rua C, do Conjunto Iguaçu. Segue então por este talvegue até atingir o topo das encostas. Segue pelo topo das encostas que contornam os conjuntos Iguaçu e Girassol e depois segue pelo topo das encostas, na linha de mudança de nível da localidade denominada Bela Vista, contornando-a e seguindo pelo topo das encostas paralelas a rua António R. Pontes Lima até o encontro com a Avenida Jucá Sampaio, passando pela lateral direita do imóvel de n° 220 daquela avenida. Segue pela Avenida Jucá Sampaio até o encontro com a Rua Brisa do Mar. Desta, continua pela Rua Projetada B, do Loteamento Santa Madalena. Segue pela Rua Santa Isabel e em seguida, pelo seu prolongamento até o encontro com o primeiro talvegue que toma a direção oeste. Continua pelo primeiro talvegue situado no sentido oeste. Segue até encontrar o Riacho Pau D'Arco, continuando a jusante deste, até o encontro com a Av. Gov. Afrânio Lages. Daí, continua pela Avenida Governador Afrânio Lages até atingir o ponto inicial na ponte sobre o Riacho Reginaldo.                     
  
Garça Torta

O Bairro de Garça Torta foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.

Para entrar, é um corredor estreito, quase uma trilha mesmo. Dentro, um jardinzinho simples e o mar de Garça Torta, litoral norte de Maceió, como benção. Sentando numa cadeira, pedindo o cardápio, anuncia-se o porquê do nome do bairro: um erro de tradução do original tupi, Iguar Apara (Riacho Torto). Em vez de Iguar, traduziu-se o guará (garça). Bom, etmologias à parte: o Trilha do Mar está na rota obrigatória de quem quer conhecer Maceió pelas beiradas, para quem está interessado em pessoas, lugares e sons, e não em status.

O número de bares no local é bem menor do que em Guaxuma, praia imediatamente antes, para quem vem do centro da capital. E talvez, por isso mesmo, tenha um charme a mais. Mas não só por isso: o lugar é extremamente agradável, e a recepção é das melhores. Há quatro anos, o Trilha do Mar vem somando para tornar a Garça – povoado simples e agradabilíssimo – cada vez mais, uma graça. E há dois, também contribuiu para colocar a música instrumental na rotina da programação cultural de Maceió, com a criação do Clube do Jazz. È nos fins de tardes de sábado, quando o grupo Power Jazz toma conta do ambiente, é que surge seu público mais fiel. Aos domingos, rola a música de A a Z, com uma banda base e participações especiais. Nesse tempo, muitos músicos saíram. Mas não importa quem está à frente: a atração continua à disposição.

Por que ir   
Quem se sente já convidado pelo som e pelo mar, tem ainda outro atrativo: o cardápio. Cristina Hellmeister, uma das donas do Trilha, diz que é a “comidinha que a mamãe faz em casa”. Mas, sinceramente, a minha nunca fez um caldinho puchero, um dos preferidos da clientela (grão de bico, carne bovina, carne suína e ave), no valor de R$ 3,50. Paulista de nascença e alagoana de coração, Cristina conta que a idéia era não oferecer a mesmice dos bares de praia. Claro, tem cação, tem camarão, mas também tem carnes e berinjelas curtidas. Os pratos, também bem variados, custam no máximo R$ 26,90.
Quando ir  
  Praia não é somente programa de manhã e começo de tarde. Na Trilha do mar, as águas são, em alguns trechos, até perigosas, lembrando dos corais submersos. Portanto, o melhor mesmo é ir curtir o som no fim da tarde dos fins de semana.  
Quem vai  
  Um público seleto. Além do pessoal que curte jazz – independente da idade – tem os turistas que descobrem o lugar.

 Gruta de Lourdes

A homenagem a Nossa Senhora e à matriarca da família Breda

Na década de 60, nada lembrava um bairro. Tudo era mata e uma pequena gruta. A família Breda, uma das mais tradicionais, chegou, construiu sua mansão e começou a lotear o imenso terreno, vendendo por preços módicos. O velho Breda quis homenagear sua esposa, dona Lourdes e Nossa Senhora de Lourdes,e daí surgiu o nome do novo bairro: Gruta de Lourdes.

As famílias de classe média começaram a se interessar pelo local, e foram construindo suas casas, já obedecendo à arquitetura moderna, separada uma das outras por muros, com  jardins, garagem e quintal. Também doou terreno para a construção do primeiro grupo escolar. E o bairro foi crescendo.

Nos tempos da Jovem Guarda, muitos rapazes do Centro, Farol e Pajuçara pegavam o ônibus e seguiam para a Gruta, para paquerar as menininhas do bairro. Ficavam horas conversando nas calçadas, e daí surgiam os namoros e até casamentos.

A gruta ficou preservada por muitos anos, com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes e Santa Bernadete. Com o passar do tempo, o local ficou abandonado e hoje exite uma desordem nas construções de algumas casas . A capelinha foi derrubada para dar lugar ao Hiper Center. Mas foi construída no outro lado, no loteamento Jardim do Horto, bem mais espaçosa e uma das mais preferidas pelos noivos da classe media para a cerimônia de casamento.

Com a instalação do Hiper Center Bompreço, o bairro cresceu mais ainda e modernizou-se. Também construiu-se uma estrada com ligação para a Serraria, e varias ruas receberam pavimentação. O surgimento exigiu o surgimento de escolas privadas, evitando o deslocamento para o Farol, onde se localizam os mais tradicionais colégios da cidade. Assim surgiu o colégio Maria Montessori, hoje já com segundo grau. Depois o colégio de Saint Germain, e no Jardim do Horto, o Monteiro Lobato, todos abrigando alunos da classe media.

A oração carismática surgiu na capela da Gruta de Lourdes
  
Primeiro foi Frei Leão de Viçosa, depois Frei Fulgêncio, os introdutores da oração carismática da Igreja Católica, hoje tão seguida por milhares de fiéis em varias igrejas de Maceió. Mas o surgimento mesmo foi na capelinha de Nossa Senhora de Lourdes, na Gruta.

Os saudosistas nunca esquecem desses dois frades capuchinhos que tanto propagaram a fé, e sempre conseguiram mais adeptos para o catolicismo, inovando com as orações carismáticas, mudando um pouco o ritual da Igreja, mas sempre com a mesma fé no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A capelinha desapareceu, deixando saudades para dezenas de moradores do bairro, que agora têm que se deslocar para mais distante e assistir à missa na nova igreja, conhecida como Igreja do Horto, por estar localizada no conjunto habitacional Jardim do Horto. É uma das mais organizadas comunidades católicas de Maceió.
  
Família Breda foi a construtora do bairro

Tudo na Gruta de Lourdes lembra a família Breda, uma das mais tradicionais de Maceió, que decidiu investir naquele espaço, antes esquecido do prolongamento do Farol em demando ao Tabuleiro dos Martins. Clima agradável, muito verde, era o local ideal para se construir uma verdadeira mansão e dar inicio a um novo bairro. Assim, a própria família foi loteando e propagando a nova boa maneira de viver num bairro de futuro.

A mansão dos Breda, onde o patriarca viveu por muitos anos com sua família, sempre foi uma das mais bonitas e luxuosas de Maceió. Foi inspirada naquele filme E o Vento Levou. Tem pilastras gigantescas, vidrais e muito espaço para o conforto de seus moradores, além de um imenso jardim e piscina.

Com os filhos crescendo e casando, a mansão ficou grande demais. Resolveu-se alugá-la. E, daí surgiu a oportunidade para o professor Aurélio Lisboa a fundar o colégio Saint Germain, adotando um estilo francês de educação. O colégio cresce e projetou-se no setor educacional de Maceió. Mas a principal condição do proprietário, é a preservação da arquitetura da mansão. Quem hoje passa por sua frente, observa toda sua beleza.

Gruta: o privilégio de morar bem
 
Quem morou no bairro da Gruta de Lourdes, no início de sua povoação, achava tudo muito esquisito, e saiu para outro local, arrependeu-se e sempre sonhou em voltar. O bairro é hoje um dos mais valorizados de Maceió. Suas ruas urbanizadas e arborizadas, seu clima agradável e sua vizinhança cordial, proporcionam o valor de morar bem.

Dona Ignês de Campos Moraes morou na Gruta de Lourdes nos anos 60, transferindo-se para o Farol. Mas sempre planejou um retorno, que aconteceu este ano. Voltou para a mesma rua: a Abelardo Pontes Lima, adquirindo uma casa espaçosa bem próxima ao Hiper Bompreço. Saiu de um apartamento, onde vivia sufocada, e hoje desfruta do prazer de morar com todo prazer e segurança.

As ruas da Gruta de Lourdes são quase todas pavimentadas. Por estar situado no prolongamento do Planalto da Jacutinga (Farol), tem um clima saudável, distante do calor sufocante dos bairros centrais. Transporte não é problema para seus moradores, além dos ônibus que fazem a linha Gruta-Centro, tem aqueles que vão até a orla marítima, ao Shopping Iguatemi e outros bairros, sempre passando nos horários determinados.
  
Guaxuma

O Bairro de Guaxuma foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.

Ponto inicial e final:


Encontro do Riacho Garça Torta com o Oceano Atlântico.




Descrição do perímetro:


Do ponto inicial segue pelo Oceano Atlântico até o encontro com o talvegue do Córrego Borrocão. Segue por este e continua pelo talvegue que toma a direção norte indo encontrar a estrada de acesso à fazenda Guaxuma. Segue por esta até o encontro com a estrada de acesso ao Conjunto Moacir Andrade e Benedito Bentes. Segue por esta última até o encontro com a via de acesso ao Loteamento Chácaras de Guaxuma. Segue por esta via indo encontrar a estrada que margeia o Riacho Garça Torta. Deste ponto segue por um pequeno talvegue na direção norte até o encontro com o Riacho Garça Torta. Segue pelo Riacho Garça Torta até o ponto inicial no encontro deste com o Oceano Atlântico.

 Ipioca

A terra onde nasceu o marechal Floriano

Lugar paradisíaco, com o verde predominando por todos os lados, uma igreja secular, praia bela, casas de pescadores, gente simples nas calçadas e uma historia ricas em detalhes que se inicia no século XVIII. Assim é Ipioca, o bairro-distrito de MACEIÓ, que é conhecido em todo país, como a terra onde nasceu o Marechal Floriano Peixoto, o segundo presidente da República.

Terra rica em cal, fornecia esse produto para varias partes do Estado, até que a retirada já provocava erosão, e o governo proibiu a exploração. O bairro ficou dependendo só exclusivamente do coco e da pesca. Antes, muitos moradores trabalhavam na fábrica de tecidos de Saúde, desativada a cerca de 10 anos. Mas Ipioca cresceu em sua beira-mar, com a construção de casa de veraneio.

A parte alta, continua intacta, com suas casas antigas, a Igreja de Nossa Senhora do Ó, a praça com o busto do seu filho ilustre, Floriano Peixoto, o marco edificado no local, onde ele nasceu e o bonito visual da praia.

Os mais antigos lembram que durante a Invasão Holandesa, Ipioca ficou como centro de observação, por estar situada num ponto estratégico, com vista panorâmica para o mar. A Igreja, originou-se de um forte, construído pelos portugueses. Foi aproveitado toda a estrutura, e o túnel que eles construíram desapareceu. Ipioca tem seu dia-a-dia como uma cidade de interior. Personagens como a parteira Joana dos Santos, que continua atuando; o vendedor de frutas Jones Gomes; o tirador de coco, Paulo Francisco e Edésio Pereira, dono do cartório. Todos vivem numa comunidade tranqüila, com a brisa do mar soprando dia e noite.

A lenda do santo caminhante

Os católicos de Ipioca contam como se fosse verdade, a historia da imagem de Santo Antonio que caminhava entre a Igreja de Nossa Senhora do Ó e a capela do Engenho Velho. São detalhes que entusiasmam os mais devotos, como dona Maria de Albuquerque, que fala com entusiasmo do santo e de Nossa Senhora. Em dia de procissão os fiéis carregam a imagem dos dois. A própria historia da Igreja Secular, também é uma lenda, mas contada como se fosse verdadeira. Dizem que sua construção deve-se a uma promessa feita pelos portugueses, que, devotos de Nossa Senhora do Ó, se perderam no mar, e foram salvos. Ao chegarem em terra firme, construíram a Igreja no alto do local que depois virou o povoado de Ipioca. Dona Maria Albuquerque, também fala do túnel que havia entre a Igreja e o rio Lancha. Nesse rio, Santo Antonio navegava entre o Engenho Velho e o povoado. Ele ficava na capela do engenho, que foi derrubada. A imagem terminou na Igreja de Nossa Senhora do Ó. Mas, segundo a lenda, ele sempre voltava para o antigo lugar. As duas imagens terminaram na mesma igreja.

Na falta de maternidade, dona Joana faz o parto
Ela já perdeu a conta de quantos partos já realizou. Aos 68 anos, dona Joana dos Santos, analfabeta, lavadeira e pescadora,é a parteira de Ipioca, que não possui maternidade. Faz o parto e geralmente da o nome a criança, que sempre cresce chamando-a de madrinha. Sempre tem gente batendo a sua porta a qualquer hora.

E sempre acontece de ser pela madrugada. Dona Joana confessa que não tem inveja de medico. Desde adolescente que é parteira, ainda quando morava em São Luiz do Quitunde.
Ao chegar em Ipioca, a cerca de 40 anos, continuou no seu ofício, chegando a salvar muitas mães e crianças. Até partos complicados, que se fosse numa maternidade, terminaria numa operação cesariana, ela consegue reverter, e fazer normal. Seus equipamentos são tesouras e luvas. Lava a tesoura com álcool, e cai em campo. Faz partos tanto no bairro como nos sítios e fazendas da redondeza. Sua experiência chama a atenção de muita gente, inclusive estudantes de medicina e enfermagem, que chegam a pedir-lhe para ensinar-lhes como se faz um parto tão rudimentar e rápido, sempre com sucesso absoluto. Costuma colocar nomes nas crianças. Geralmente é nome de santo. Quando nasce com o cordão umbelical todo contornando o corpo, se for homem tem de se chamar José, e se for mulher, Maria. Mas se nasce do dia de Santo Antonio, vai se chamar Antonio.

Nos botecos e nas calçadas o dia-a-dia dos moradores
Quem chega a Ipioca, em sua parte principal e mais antiga, imagina-se numa típica cidade do interior alagoano, com gente simples nas calçadas, “jogando conversa fora” e os boêmios, nos botecos, tomando sua pinga com caju ou a cerveja gelada. Em noite de lua cheia, um espetáculo de natureza, com o mar lá embaixo e os coqueirais. Do alto os moradores avistam as mansões a beira-mar e o intenso movimento de veículos da AL-101 Norte em demanda a Paripueira e outras cidades, até a fronteira com Pernambuco. Os moradores sabem que foi ali que nasceu Floriano Peixoto. As crianças aprendem nas duas escolas públicas do distrito, que o ilustre conterrâneo, foi o segundo presidente da República, e era conhecido como “marechal de ferro”. Em dia de festa da padroeira, todos saem em procissão, fazem a festa na praça, com parque de diversões, rezam a novena na igreja e pagam suas promessas a Nossa Senhora do Ó. Todo o ritual é seguido a mais de um século, e sempre com a mesma devoção. Os organizadores se desdobram no trabalho, mas tudo sai como “manda o figurino”. Sem opção de trabalho fixo, os moradores sobrevivem pescando, tirando coco ou vendendo frutas na beira da estrada. O comércio é restrito a poucas mercearias, duas padarias e alguns botecos, onde a pinga faz esquecer por alguns momentos o sofrimento do dia-a-dia.
  
Jacarecica

Jacarecica, é um bairro localizado na região administrativa 1, zona norte da cidade de Maceió, possui aproximadamente 18 logradouros entre ruas, avenidas e conjuntos residenciais, sua área urbana fica a margem da rodovia AL 101 Norte e a praia do mesmo nome. A extensão geográfica estende-se até o limite do Bairro Benedito Bentes, tendo a predominância a área rural com Fazendas, Sítios, Chácaras e até Balneários.

A praia de Jacarecica tem águas limpas com mares altas,  muito boa para prática de shurf. Barzinhos ao longo da Av Litorânea, com cerveja gelada, água de coco para lazer dos moradores e turistas. A segurança conta com um PM box 24 horas.

O bairro tem um comercio limitado, mas não falta o básico: panificação, locadoras mercadinhos, farmácias e armarinhos. O transporte coletivo é bem servido de linhas de ônibus as margens da rodovia AL 101, nos sentidos Centro e  litoral norte.

Em abril de 1980,  foram construídos diversos conjuntos residenciais. O primeiro deles foi o Conj. INOCOOP Jacarecica, lá reside o primeiro morador, o aposentado e escritor , Jarmelino Jorge de Souza, maceioense da gema, que idealizou, construiu uma pracinha e "batizaram" de Eco 92. Tem bancos, uma barraquinha coberta de sapé  com mesa central rodeada de quatro bancos fixos (tudo em madeira de lei), canteiros, plantas silvestres, calçadas. O próprio Jarmelino furou um poço artesiano no quintal de sua casa para levar água sob o solo até a pracinha, que fica defontre a sua casa na Av Litorânea, que é vigiada por ele. Sua cunhada Dona Lupe esta sempre varrendo e refazendo tudo, regando as plantas. Turistas ali chegam e tiram fotos as vezes mandam para Sr. Jarmelino cartas e cartões postais do sul do pais e até do exterior. 

Levada

Antigo ponto turístico de Maceió, por onde chegam visitantes de todo o País, por via aérea, o bairro da Levada é hoje o maior centro de consumo de cereais, hortifrutigranjeiros da capital, sediando o mercado da produção, a feira livre, o Ceasa e centenas de Camelôs. Suas ruas estreitas, que antes eram habitadas por famílias tradicionais, hoje são ocupadas por casas de comercio dos mais variados ramos. O pequeno aeroporto foi desativado há mais de 50 anos, dando lugar a residências e lojas. Mas a beleza da Lagoa Mundaú ainda persiste, e serve de sustento para milhares de alagoanos, com peixes e moluscos. O escritor Craveiro Costa, em seu livro “Maceió”, assim descreve o bairro da Levada nos anos 30.“Por lá aterrisam os aviões, de modo que o viajante que chega em Maceió pelos ares tem um encontro pitoresco com a cidade, através da lagoa. Dá gosto ver-se tudo aquilo lá de cima: é um labirinto d’água, a que não faltam o colorido dos coqueirais, os mangues extensos e os goiamuns pela areia, e os pescadores apanhando sururu nas suas canoas”. A Levada tinha assim um interesse turístico e comercial, ao mesmo tempo, por causa dos aviões que aterrisam ou decolavam do único aeroporto da cidade.

Mas o bairro da Levada remota aos tempos do Império. Por ser visinho ao Centro da Cidade, o bairro era habitado por pessoas da classe média, que construíram seus casarões sempre com sobrados e as sacadas, por onde se descortinavam a vista para alagoa. As ruas eram estreitas (como ainda são), com gente nas calçadas, conversando e colocando o assunto em dia. Aos poucos foram surgindo as casas comerciais e, no final do século passado, a “Feira do Passarinho”.

No início do atual século, a Levada já era considerada uma área de grande cotação no restrito mercado imobiliário da capital. As pessoas queriam residir no bairro por ser o mais perto do comércio central e ter a maior feira livre, além de escolas, a Igreja de Nossa Senhora das Graças, e já nos anos 30, o cine Ideal. Hoje, o bairro tem todas as ruas pavimentadas, e pouca coisa lembra o passado. Continuam alguns casarões, já descaracterizados e transformados em escolas e casas comerciais. O Mercado da Produção é o símbolo da modernidade, apesar de mal conservado. O velho mercado virou um centro de vendas de artesanato, mas o relógio, continua no mesmo lugar. A linha férrea continua cortando parte do bairro, que passou a dispor de uma moderna estação.

Matriz das Graças: símbolo da fé católica de um povo
A fé católica sempre esteve presente nos moradores da Levada. A Igreja matriz de Nossa Senhora das Graças é uma das mais antigas da cidade; e símbolo da religiosidade do bairro. São quase 100 anos de história relatada por escritores alagoanos, que descrevem a matriz das Graças. A igreja serviu para o velório do ex-governador Muniz Falcão, um dos populares de alagoas.

As festas da padroeira (Nossa Senhora das Graças) sempre foram as mais famosas da capital, desde o final do século passado. A procissão de encerramento recebia muitos fiéis de vários bairros da cidade, com a fé demonstrada nas promessas pagas naquele dia. Os moradores demonstravam essa fé, com alegria, expondo nas janelas de suas casas toalhas brancas e flores, e, durante as noitadas novenário, eram realizadas quermesses.

Por sua proximidade com o Centro, Prado, e Ponta Grossa, a Levada sempre recebia, e ainda recebe, fiéis  para as missas do domingo na sua matriz, que também é palco de casamentos, batizados e outras cerimônias religiosas.

Com crescimento de outras religiões, surgiu na levada a primeira Igreja Batista da cidade, que ainda hoje se constitui no principal centro de seguidores dessa região.

Cine Ideal perde o romantismo e ingressa nos filmes pornôs
Reduto de crianças e adolescentes dos anos 50 e 60, para vibrar com seus filmes de guerra e comédia, em suas matinês de fim de semana, e os filmes românticos das seções noturnas, o Cine Ideal, transformou-se no centro de filme pornô, mas continuam funcionando, enquanto a maioria dos outros cinemas de sua época, já fechou suas portas. O Ideal fica na rua 16 de Setembro, já próximo à divisa do Levada com o Centro.

No tempo em que ainda não existia televisão em Maceió, os cinemas eram a grande atração de crianças adolescentes e adultos. O Ideal surgiu na década de 30, tendo já mais de 60 anos de funcionamento. Concorria diretamente com os cinemas do Centro, da Ponta Grossa, do Poço e da Pajuçara. Hoje, apenas ele e o Plaza, do Poço, persistem, mas adotaram o estilo pornô, parar conseguir clientela, geralmente homossexuais em busca de aventuras.

Contam os mais velhos, que ate os anos 50, o Cine Ideal era um dos pontos de maior concentração dos jovens, para namoros e paqueras. Entrava-se pela 16 de Setembro, e a saída era pela Praça Emilio de Maya, toda arborizada e iluminada. A saída foi fechada desde o final dos anos 60.

Mangues se tornam em avenidas e famílias se mudam parar outros bairros
Os mangues, que antes ocupavam boa parte do bairro da Levada, foram sendo aterrados aos poucos, e abrindo-se novas avenidas como a Comendador Tércio Wanderley, totalmente tomada pelo comércio atacadista e varejista. Nas vizinhanças do Mercado da Produção, já com o canal recuperado, todas as ruas e becos formam um movimentado comércio.

Quem ainda reside no bairro dispõe de toda infra-estrutura de serviços e produtos. A proximidade com o Centro da cidade garante as idas e vindas a pé, sem necessidade de transporte coletivo ou carro particular. Poucos são os moradores. Mas ainda existem alguns, que continuam aproveitando as facilidades que o bairro oferece. Ruas como a Vitória, Celeste Bezerra, da Concórdia, 16 de Setembro e a Praça das Graças ainda servem de moradia para algumas famílias. Mas a maior parte é ocupada mesmo por atividades comercias.

Muitas das famílias tradicionais do bairro como os Gama, os Cintra, os Andrade, os Pimentel e tentas outras foram deixando o burburinho da Levada para a tranqüilidade de bairros mais afastados do Centro.

 Mangabeiras

Antiga estrada transforma sítio em uma área nobre
A antiga estrada das Mangabeiras,virou avenida, e a proliferação de ruas e becos transformou o local num dos mais importantes bairros de Maceió, com imponentes edifícios, modernas casas, um comércio em franca ascensão e o mais importante centro de lazer e consumo da cidade: o Shopping Center Iguatemi. É também sede da maior fábrica de beneficiamento de coco da América Latina: a Sococo Indústrias Alimentícias.

Espremido entre o morro do Jacintinho e o mar, o bairro de Mangabeiras originou-se de um imenso sítio, onde se plantava fruteiras, principalmente a mangaba, muito consumida pelos alagoanos. No início do atual século, construíram uma estrada em demanda ao litoral Norte, que há muito tempo recebeu asfalto. As antigas casas dos proprietários dos sítios, foram transformada em casas comercias e edifícios de apartamentos. Restaram os prédios antigos do Orfanato São Domingos e da Cruz Vermelha.

Toda a extensão da estrada das Mangabeiras, chama-se Avenida Gustavo Paiva, uma homenagem ao industrial que transformou a industria têxtil alagoana, dando exemplos de administrador moderno e eficiente, preocupado com o trabalhador, e fundando uma das mais importantes cidades do estado: Rio Largo.

É pela antiga estrada das Mangabeiras, que se tem acesso a um dos mais importantes santuários da cidade: o da Virgem dos Pobres, encravado numa elevação do morro, no sítio Betânia. Lá, a fé católica é preservada, levando centenas de fiéis ao morro, para rezar, pagar promessas e ter momentos de paz, lavar-se com água de uma fonte, e admirar a imagem da Virgem Maria, fixa num pedestal no alto da serra.

Virgem dos Pobres atrai fiéis ao alto da serra
O mais importante santuário de Maceió é o da Virgem dos Pobres, no alto de uma serra, no sítio Betânia, bairro de Mangabeiras, com acesso pela Avenida Gustavo Paiva. Lá num pedestal em meio a muitas pedras, está a imagem de Nossa Senhora Virgem dos Pobres, trazida no início da década de 80 da Bélgica. Placas, com agradecimentos por uma graça alcançada, fotografias de devotos, bilhetes e outras lembranças, são colocados nas proximidades da imagem.

A cada primeira Quarta-feira do mês, centenas de fiéis sobem o morro para assistir a missa, e pedir a Nossa Senhora muita paz no mundo. Existem aqueles fiéis que extrapolam nos pedidos, rogando pela volta do namorado, noivo ou marido; para que alguém deixe de beber, que o filho passe no vestibular, e tantos outros pedidos anotados e deixados lá.
A fé a Nossa Senhora Virgem dos Pobres não se restringe apenas ao morro de Mangabeiras.
Os fiéis colocam a imagem em locais distantes de Maceió, como no povoado Bananal, em Viçosa, onde ao lado da centenária capelinha, um pedestal emoldura a paisagem bucólica daquele engenho de açúcar.

O acesso ao morro onde se encontra a imagem da Virgem dos Pobres, é feito mais a pé, para se fazer um sacrifício e agradecer por uma graça alcançada ou pedir mais uma. Mas tem gente que prefere ir de carro, principalmente velhos e doentes. O acesso é pavimentado e do alto se descortina a beleza das praias de Jatiúca e Cruz das Almas.

Prédio do Orfanato é o mais antigo do bairro
O mais antigo prédio de Mangabeiras é o Orfanato São Domingos, que fica na Avenida Gustavo Paiva, já na divisa com Cruz das Almas. Com muito sacrifício e a ajuda da comunidade seus dirigentes mantêm dezenas de crianças naquele espaço de educação, trabalho e lazer.

Imponente e preservando toda a sua arquitetura original, o prédio chama a atenção de quem passa pela avenida.

Na vizinhança tudo era sítios de coqueiros até bem pouco tempo. Hoje, edifícios de apartamentos e ruas abertas em demanda a orla, abrigam verdadeiras mansões. A classe media optou pelo bairro, considerando seu fácil acesso a vários pontos da cidade.

Outro prédio antigo do bairro, é o que abriga a Cruz Vermelha, também de assistência de crianças órfãs. A entidade sobrevive também de doações, mantendo dezenas de meninos e meninas que recebem educação e ficam prontos para na idade adulta enfrentar o mercado de trabalho. O prédio tem uma arquitetura antiga e tem uma área ampla.

Facilidade de acesso faz crescer o comércio
Revendedoras de veículos, peças, material de construção e outras atividades comerciais, tomam conta de toda a extensão da Avenida Gustavo Paiva, que começa na Bomba da Marieta e atinge a Cruz das Almas, passando por toda a extensão do bairro de Mangabeiras, hoje, um dos mais desenvolvidos de Maceió. Já no final, em frente ao Orfanato São Domingos, os condôminos Vaticano e Praça da Sé, com edifícios de apartamentos, embelezam mais ainda a nova fase do bairro que se originou de um sítio de mangaba. Do alto do morro uma atração a parte: a mansão de PC Farias, que se constituía em programa cativo dos turistas nos tempos do Collorgate.

O intenso fluxo de veículos pela Gustavo Paiva, fez a Prefeitura abrir mais um acesso a avenida que liga o Shopping Iguatemi a Orla da Jatiúca. Desafogou mais o transito e valorizou mais o bairro. Novos edifícios foram e continuam sendo construídos. A facilidade de acesso à orla e ao Centro e Farol, permitem novos investimentos.

Além do Shopping Center Iguatemi, os moradores de Mangabeiras dispõem de mercadinhos, padarias, farmácias e outros estabelecimentos comercias. Surgiu ainda o Colégio Carlos Drummond, com primeiro e segundo graus. É um bairro completo e independente.

Mutange

O Bairro do Mutange foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.

Ponto inicial e final:

Encontro da Rua General Hermes com a Rua Ulisses Bandeira (Gruta do Padre)

Descrição do perímetro:

Do ponto inicial segue pelo prolongamento da Rua Ulisses Bandeira até a margem da Lagoa Mundaú. Segue pela margem da Lagoa Mundaú até o prolongamento do limite lateral direito do imóvel de n.3219 da Avenida Major Cícero de Góes Monteiro Clínica de Repouso José Lopes de Mendonça.

Segue por este prolongamento e depois pelo limite lateral citado até a Avenida Major Cícero de Góes Monteiro. Segue por esta até o encontro com a Primeira Travessa Delmiro Gouveia. Segue por esta ultima até o encontro com a Trav. Delmiro Gouveia, no topo da encosta. Segue por esta até o encontro com a Rua do Arame. Segue pela Rua do Arame e depois pela Rua Cel. António P. da Silva até o cruzamento com a Alam. Dr. Claudeonor de Albuquerque Sampaio. Deste ponto, segue pela Alam. Dr. Claudeonor A. Sampaio até encontrar o topo da encosta. Segue em linha reta do topo da encosta em direção a testada posterior dos imóveis da Rua Delmiro Gouveia. Continua pela testada posterior dos imóveis da Rua Delmiro Gouveia indo em direção ao seu término, no encontro com a Gruta do Pé. Cícero R. Batista. Daí segue até o ponto inicial no encontro da Rua General Hermes com a Rua Ulisses Bandeira (Gruta do Padre).

A história do Estádio do Mutange


 Tudo começou num passeio de bonde do antigo craque do CSA, Polichinelo (Odulfo Ribeiro) e Virgílio de Brito. Este, um grande idealizador da campanha que culminou com a obtenção do terreno e a construção do estádio do mutange. Apanhando o bonde na praça do Governo, hoje a tradicional Praça dos Martírios, onde se localiza o Palácio do Governo Estadual, os dois desportistas passaram pelo local, que na época era onde se situava o “Grande Ponto Parque” (um parque de diversões com bares e bazares). Virgílio de Brito confessava o seu sonho de transformar aquele lugar na sede e estádio do CSA. Os dois saltaram do bonde e, procuraram saber quem era o dono do terreno. Foram informados de que o dono era Alfredo Vugner.

O CSA precisava de um estádio e esse sonho alimentou os planos de Virgílio de Brito que, ao saber o nome do dono do terreno em Bebedouro, arquitetou uma manobra para conseguir com seu entusiasmo o local para a construção de um patrimônio azulino. Foi assim que, mesmo sem divulgar suas intenções, Virgílio de Brito programou um torneio interno no CSA e deu a um dos times participantes o nome de “Alfredo Vugner”. Sabedor de que seu nome estava sendo homenageado através de uma equipe, Alfredo Vugner ficou imensamente entusiasmado e mesmo sem ser um grande admirador do futebol, compareceu aos jogos do torneio interno e até resolveu ofertar um rico troféu ao vencedor. Sabiamente, Virgílio de Brito havia formado o melhor time do torneio com o nome de Alfredo Vugner. Um time que terminou sendo campeão e recebeu do seu patrono o rico troféu. Tal acontecimento empolgou mais ainda o dono do terreno onde ficava o Grande Ponto Parque, que resolveu se tornar um dos sócios do CSA.

Estava aberto o caminho para os planos de Virgílio de Brito.

Ganhando a admiração e a confiança do novo associado não ficou difícil para Virgílio de Brito expor o seu sonho de procurar um local para construir o próprio campo do CSA. E foi mais fácil ainda confessar para Alfredo Vugner que tinha achado um local maravilhoso em Bebedouro, mas que não sabia quem era o dono do terreno para poder negociar. E quando ele declarou que era o dono do tal terreno, Virgílio de Brito fingiu um supressa incrível, como se tudo aquilo não significasse o desfecho favorável dos seus planos.

O terreno, porém, já estava sendo negociado com uma firma alagoana, mas que nada havia de definitivo. Contudo, Alfredo Vugner garantiu que se o negócio não ficasse concluído, ele faria todo esforço para vendê-lo ao CSA. E assim aconteceu. O terreno era muito grande. Começava na beira da Lagoa e terminava na avenida que dava acesso ao bairro de Bebedouro. Um terreno muito grande e que custou ao CSA a quantia de trinta mil réis. Como não havia dinheiro, Alfredo Vugner facilitou tudo para o clube azulino. Aceitou duas promissórias de quinze mil réis, que foram descontadas no Banco de Alagoas, hoje Banco do Estado de Alagoas. Na data do vencimento, o clube azulino ainda não tinha o dinheiro e o jeito foi firmar um acordo com o desportista Aristeu Bastos, que resgatou a promissória ficando de receber o dinheiro do CSA posteriormente.

Enquanto tudo isso acontecia, a construção do estádio foi iniciada. Foi um esforço conjunto de todos os associados, diretores e jogadores que, a cada domingo e feriado, compareciam ao mutange para desbravar o terreno rolando toros de madeiras, derrubando árvores, pegando pás e picaretas. Muita gente boa, altos comerciantes, bancários, desportistas, formaram o bloco de trabalhadores para preparar o gramado. Pessoas como Manoel Lopes Pinto, Osvaldo Machado, Aguinaldo e Osvaldo Florêncio, Francisco Rizzo, Vicente Grossi, Miguel Cardoso, Manoel Buarque, Antonio Bispo, Manuel Campelo, Ernesto Silveira, Eudes Coelho da Paz, Davino e Aristides Ataide, Luciano Lordslem, Lessa de Azevedo, José Angelo, Manoel Ferri, Aloisio Nogueira, Alberto Fontan, Antonio Bessa, Antonio Bráulio, Odulfo Ribeiro, Virgilio de Brito e mais alguns.

Havia um consenso inabalável. Todo mundo desejava levantar o CSA, tornando-o forte, dono de um patrimônio enorme e imbatível. As esposas e filhas também prestaram sua colaboração, comparecendo à frente de batalha trajando uniforme do clube e ajudando os homens em seus esforços, inclusive distribuindo refrescos e bolinhos. Era um autêntico mutirão.

Somente em 1934, na gestão do presidente Paulo Pedrosa é que o terreno foi regularizado. Aristeu Bastos, que resgatou as promissórias e era cunhado de Paulo Pedrosa, residia no Rio de Janeiro. Demonstrando se desfazer do terreno onde já estava o campo do mutange, Aristeu tentou entrar em acordo com o CSA. Com a falta de dinheiro, Paulo Pedro sugeriu que o clube ficasse com parte do terreno por vinte contos de réis que seriam pagos em quatro prestações de cinco mil reis. Aristeu Bastos aceitou a proposta do cunhado e o presidente azulino fez uma campanha de novos associados para conseguir arrecadar o suficiente para pagar o local do estádio do mutange.

Inaugurado em 1922, o mutange sofreu algumas alterações ao longo do tempo. As primeiras arquibancadas de madeira tinha as formas mais modernas para a época. O próprio tempo se encarregou de enfraquecer a madeira e destruir parte das arquibancadas. A partir da metade da década de trinta, as arquibancadas de madeira já não tinham as mesmas marcas da modernidade. Mas, para chegar ao mundo de cimento e concreto, o mutange partiu de um campo com dependências acanhadas, arquibancadas de madeira de um lado e uma geral sem muitas condições, formada apenas por uma pequena barreira que acompanhava dois lados do campo. Na administração no presidente Benicio Monte, o mutange ganhou arquibancadas de cimento armado, gerais de alvenaria e iluminação artificial. Para a época, o mutange se transformava no mais moderno estádio de futebol de Alagoas. Até a inauguração do Trapichão, os maiores espetáculos esportivos realizados em nossa terra foram disputados no mutange graças ao entusiasmo dos azulinos e um homem de visão chamado Benicio Monte.

Na década de setenta, os presidentes Fernando Collor e Aurélio Lages chegaram a construir duas piscinas e uma concentração. Infelizmente, os dirigentes que o substituíram não continuaram sua obra e o tempo se encarregou de destruir tudo que tinha sido erguido. E tudo acabou com o presidente João Lyra. Apesar de ter colocado o futebol do CSA em lugar de destaque, conquistando alguns títulos importantes, o presidente não cuidou do patrimônio do clube. Ao contrário. Destruiu as arquibancadas de cimento prometendo erguer novas e modernas acomodações para o torcedor e tudo ficou o dito pelo não tido. Hoje, o mutange é um campo de futebol. Na nova diretoria, o presidente José Venâncio, tem no conselheiro Euclydes Mello seu grande comandante. Eles fizeram um pacto para reconstruir o Estádio do Mutange. Em 1996, foram feitas as primeiras obras para recuperar seu estádio. Substituição de todo o serviço de drenagem, do alambrado, recuperação e pintura do muro, colocação de um novo portão, melhoria na concentração, nivelamento do terreno para construção de futuras arquibancadas e limpeza total da área. O visual é outro e a torcida já começa a acreditar que
poderá, ter em breve, a sua casa renovada. O mutange ainda não dispõe de instalações adequadas para o conforto de sua torcida, mas o primeiro passo já foi dado.

Dia 15 de novembro de 1922.Centro Sportivo Alagoano 3 x Centro Sportivo do Perez de Recife 0O primeiro gol no mutange assinalado por Odulfo. Outros gols:Alyrio e Bráulio.Estreiava no CSA o goleiro Mendes, chamado de Gato do Nordeste.O CSA jogou com Mendes. Rosalvo e Hilário. Campelo. Mimi e Lindolfo.Alyrio. Bráulio. Odulfo. Passos e Nelcino.O Perez com Mario. Abelardo e Euclides. Poggy. Lobo e Passos.Manta. Jorge. Theodoro. Guaray e Bello.

A primeira iluminação no campo do mutange aconteceu no ano de 1934. Foi a grande novidade da temporada. O Nordeste, clube que pertencia a Cia. Força e Luz Nordeste do Brasil S/A, resolveu colocar uma iluminação provisória no campo do mutange para a realização de três jogos do Tramways do Recife.

A iluminação consistiu na colocação de 100 refletores pequenos num total de trinta e quatro mil velas. Para a época, era uma iluminação razoável. A outra novidade, era a bola pintada de branco. Não havia bola para os jogos noturnos, e o jeito mesmo eras pintar as de cor marrom, usadas nos jogos diurnos.

O primeiro jogo foi realizado no dia 20 de outubro com o Tramways de Recife vencendo o Nordeste por 5x3. No dia seguinte, contra o CSA, o jogo foi pela tarde, e nova vitória do clube pernanbucano: 3x2.

A iluminação definitiva aconteceu em 1950 quando da gestão do presidente Benicio Monte. Primeiro, o presidente construiu as arquibancadas de cimento armando e as gerais de alvenaria. Logo depois, colocou energia elétrica no mutange. Foram oito postes com seis refletores em cada poste. O primeiro jogo aconteceu no dia 24 de maio de 1950; Santa Cruz de Recife 3 x CSA 0. O primeiro gol foi assinalado pelo Guaberinha. A novidade desta partida foi o arbitro inglês Mr. Lowe, que era radicado no futebol pernambucano.

Ouro Preto

O Bairro do Ouro Preto foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.

Ponto inicial e final:

Prolongamento da Rua Camaragibe, integrante do Loteamento Canaã, no encontro com o talvegue do Riacho Reginaldo.

Descrição do perímetro:

Do ponto inicial segue pelo Riacho Reginaldo, no sentido contrário do seu curso, até encontrar um talvegue existente a nordeste, no limite do Loteamento Aldebaran-Beta. Segue por este talvegue e depois pelo limite entre o Aldebaran-Ômega e o final da Rua Ouro Preto, prolongando-o até encontrar o talvegue do "Rego do Sebo". Segue por este talvegue passando pêlos limites dos Conjuntos Residenciais, Betaville, Rui Palmeira, Flamboyand, Alfaville e Edith Lobo até o encontro com a Rua Ouro Preto. Atravessa, no sentido da sua largura, a Rua Ouro Preto seguindo até o encontro com o Vale do Reginaldo, à altura da Gruta de Lourdes. Segue, no sentido contrário do curso do Riacho Reginaldo até o ponto inicial, no encontro com o prolongamento da Rua Camaragibe.

 Pajuçara


Cantado em verso e prosa por esse Brasil afora, o bairro da Pajuçara, um dos mais tradicionais de Maceió, transformou-se numa referencia para o turista nacional e estrangeiro que escolhe Maceió como cidade preferida para o seu lazer. Sua bonita praia “onde o mar beija as areias” e elogiada por todos que visitam a capital alagoana, pelo azul e verde do mar, sua piscina natural, suas jangadas e sua urbanização e coqueirais. O bairro surgiu no século passado, com um balneário para as famílias ricas que residiam em Bebedouro, Farol e no Centro. Era considerado distante, e a maioria da população era formada por pescadores.

Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, Pajuçara significa “muito grande”, de grande corpo e estatura.

Alguns historiadores afirmam que a origem do nome é indígena e é escrito “Pajussara”. Assim seguiram os fundadores do Iate Clube Pajussara, no início da década de 1950. Mas o nome do bairro e da praia é conhecido no país inteiro com “ç”, seguindo o próprio dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, que é alagoano e conhecedor do bairro.

Quando a visita do imperador dom Pedro II a Maceió, em 1859, Pajuçara já existia. Ele visitou o local, que era pouco habitado. Algumas casas de veraneio e muitos casebres de pescadores. Achou a enseada muito bonita.

Foi na Pajuçara que residiram por muitos anos os ex-governadores Arnon de Mello e o seu filho Fernando Collor de Mello, além de Guilherme Palmeira, Afrânio Lajes e outros políticos, ricos empresários e intelectuais. Os velhos casarões da Epaminondas Gracindo e da Antonio Gouveia foram modificados, sediando casas comerciais, ou derrubados para construção de edifícios de apartamentos e hotéis.

Por lá, viveu sua infância, o ator Paulo Gracindo, que fez carreira brilhante no teatro e na televisão. Sua casa ficava no local onde ergue-se o Hotel Enseada. Famílias como a do próprio Paulo Gracindo (Gracindo Brandão), os Soares Palmeiras, os Lopes, Simons, Conde, Jatobá, Rossiter, Guimarães e tantas outras, viveram muitos anos no bairro e formaram muitas gerações.

O Colégio Imaculada Conceição é outro ponto de referencia da Pajuçara, com sua capela em frete ao mar. O antigo Cine Rex, a praça da Liberdade, a Escola Samba Jangadeiros Alagoanos, o Regatas e seus bailes, o seu campo de futebol e os bondes que passavam pela Epaminondas Gracindo, são lembranças que ninguém que viveu no bairro, esquece.  

Bondes eram a atração do bairro nos anos 40 e 50

Quando Maceió ainda era uma cidade provinciana, sem edifícios de apartamentos, shoppings centers, e supermercados, os moradores da Pajuçara andavam de bonde, meio de transporte que atendia a ricos e pobres, numa época em que carros de passeio era muito difícil.

Normalistas estudantes do Instituto de Educação, do Colégio de São José e do Sacramento e rapazes secundaristas do Diocesano, Guido, Lyceo e outros colégios faziam o percurso da Pajuçara ao Centro e o Farol, neste tipo de transporte.

Sobre trilhos que percorriam bairros com Bebedouro, Mutange, Bom Parto, Cambona, Farol, Centro, Prado, Trapiche, Jaraguá e Pajuçara, os bondes de Maceió deixaram saudades. Não poluíam o ambiente, nem tinha concorrentes, como os ônibus de hoje que disputam usuários com as Kombis-lotação.

Na Pajuçara, o ponto final era na Praça Lyons, já na divisa com a Ponta da Terra. Paravam nas Praças da Liberdade, do Rex, e na Rua Jangadeiros Alagoanos.
Moradores antigos ainda se reúnem nas calçadas
Quem mora mais afastado da orla marítima, em ruas como Elísio de Carvalho, Almirante Mascarenhas, Ouvidor Batalha e do Cravo, ainda conservam o habito de se reunir nas calçadas para “jogar conversa fora”. São pessoas que residem no bairro há vários anos, e formam verdadeiras famílias. Ficam ate tarde da noite, durante o verão “se refrescando”, para enfrentar o calor da madrugada.

A rua Elísio de Carvalho é onde vivem os mais antigos moradores. São viúvas e aposentados, que gostam de reclamar do custo de vida, relembar o passado ou comentar algum fato que viu na televisão.

Logo cedo da manhã são despertados pelos vendedores de munguzá, de pão, os verdureiros e outros ambulantes, que fazem a propaganda no grito, tentando vender o seu produto. Muitas donas-de-casa nem precisam ir para a bodega de esquina. Compram tudo na porta mesmo. Mas se querem fazer compras mesmo em maior quantidade, dispõem do supermercado Bompreço, de mercadinhos e dos sacolões.

Lazer e comércio disputam espaços em todo o bairro
Depois de sua urbanização ocorrida há mais de duas décadas, o bairro da Pajuçara passou a ser o principal atrativo de lazer para alagoanos e turistas. Começaram a chegar, então, os comerciantes, que queriam abocanhar essa fatia de consumidores ávidos por divertimento. Surgiram os bares, restaurantes, boates, supermercados, mercadinhos e outros pontos de vendas. Ruas como a jangadeiros Alagoanos e Epaminondas Gracindo, são hoje ocupadas por casas comerciais, enquanto a orla marítima, fica com os hotéis e edifícios de apartamentos. Quem mora na Pajuçara, dispõe de todos os serviços ao seu lado. Tem o supermercado Bompreço, mercadinhos, açougues, farmácias, padarias e outros estabelecimentos comerciais. Se quer um peixe fresco, vai à balança na beira-mar, onde toda espécie de pescado tirado do próprio mar é comercializado.

As galerias e mini-shoppings também são outros atrativos do bairro, que abriga as mais sofisticadas butiques da cidade. Nos fins de semana, no verão, sempre tem um trio elétrico passando pela orla, onde em dezembro, realiza-se o Maceió Fest, e em fevereiro, o carnaval.

Piscina natural é considerada a “jóia do turismo” alagoano

Conhecida em todo o Brasil, a praia da Pajuçara é ponto de turistas, que ocupam seus espaços na alta temporada de verão, freqüentando seus bares, restaurantes e visitando a piscina natural formada por arrecifes a dois quilômetros da costa. Hoje esse ponto é conhecido como “a jóia do turismo” alagoano.

Lá, o visitante encontra a natureza num cenário paradisíaco, avistando toda a orla marítima, com seus imponentes edifícios de apartamentos e hotéis, além dos coqueirais. Toda a extensão da praia é urbanizada, com campos de futebol, voleibol, tênis, uma feira de artesanato e dentro de poucos dias, um local para shows e outros eventos. O turista que chega a Maceió e não conhece a piscina natural da Pajuçara, perde o mais bonito cenário do litoral alagoano. Cada jangada transporta em media, sete passageiros, que desfrutam um passeio emocionante pela enseada, e lá chegando algumas horas de completo lazer. No verão não faltam conjuntos de forró para animar mais os banhistas.


Saudosista lembram os bons tempos do Rex e do Regatas
  
Quem viveu na Pajuçara dos anos 60 e 70, hoje quarentões, lembram saudosistas os bons momentos vividos no cinema Rex e nos bailes do Regatas, o Clube de Regatas Brasil – CRB. Os filmes do Rex atraíam jovens do Farol, Centro e outros bairros. Eram filmes românticos como Romeu e Julieta, A Noviça Rebelde, Candelabro Italiano, Dio Come Ti Amo e tantos outros, que marcaram época, e faziam os namorados se apaixonarem mais ainda. Bailes e as matinês do domingo do Regatas ou mesmo carnaval do Iate, nunca serão esquecidos por quem passou a adolescência no bairro ou a ele se dirigia sempre, no fins de semana.
Antes do filme começar, era a hora da paquera na pracinha em frente ao cinema, que ainda hoje guarda algumas reminiscências daquela época. O cinema desapareceu, mas ficou o nome do local conhecido ainda como “Praça do Rex”. Quem queria se deliciar com um sorvete ou picolé, tinha sorveteria na praça, que também abrigava pipoqueiros e vendedores de chiclete. Para os mais farristas, uma boa cervejinha ou uma pinga, que serviam para animar mais e namorar com mais gosto no escurinho do cinema.
Nas matines de domingo no Regatas, era a vez dos adolescentes se esbaldarem ao som de músicas da jovem guarda e do puro rock dos Beatles, Rolling Stones, e Elvis Presley. Muitos namoros, surgiram nessa oportunidade, e terminaram em casamento.
Pinheiro

Um bairro com 1.965 Km2

O bairro do Pinheiro fica localizado na 3ª Região Administrativa de Maceió, foi homologado o seu limite oficial  pela lei municipal 4952 em 06 de janeiro de 2000. Tem seu ponto inicial na rua Miguel Palmeira até a rua Manoel Menezes. Segue por esta até a Rua Muniz Falcão. Segue até a rua Jerusalém. Continua até o encontro com a linha férrea. Segue então pela linha férrea e logo depois do topo da encosta segue até o encontro com a rua Anahy.     Segue com seu limite contorna a Vila Saem em seu limites com as adjacências da Estação de tratamento d'água do Cardoso e o IBAMA. Encontra o limite direito do imóvel de nº 3135 da Av. Fernandes Lima (White Martins Gases Ind. do Nordeste S/A) segue até o ponto inicial no seu encontro com a Rua Miguel Palmeira.

História da Igreja Batista do Pinheiro

A história da Igreja Batista do Pinheiro tem seu início na década de 30. Mais precisamente, no ano de 1936, a Igreja Batista do Farol (IBF) já estava com um número de fiéis oriundos do bairro do Pinheiro em número relativamente considerável. Os membros dessa igreja que moravam por aqui tinham certa dificuldade em se locomover até a IBF, pois não havia ônibus que os conduzisse até lá, restando tão somente, o bonde que na época, mesmo sendo utilizado, ainda os obrigava a dar uma boa caminhada até a referida igreja. Até que auxiliados por um, casal de missionários, Jonh Mein e Elisabeth Mein, foi constituída uma pequena congregação na casa de uma irmã que morava em nosso bairro, chamada Irª. Isabel. Estes missionários prestavam relevantes serviços no auxílio daquela comunidade. Mais tarde, outro casal de missionários, Jonh Byce e esposa, davam a sua contribuição nas reuniões da congregação.

Em 1941, foi comprada uma pequena casa na Rua Miguel Palmeira, nº 504, onde aí foi construído um templo. as reuniões aconteciam nas quartas-feiras e nos domingos, sob a liderança do pastor da igreja do Farol, como também, pelos próprios irmãos, quando o pastor não podia se fazer presente. Citemos a pessoa do Pr. LUIZ DE ASSIS, que também como membro desta congregação deu suas valiosa contribuição nos cultos e demais eventos. Os trabalhos continuaram até que no ano de 1969, por aqui chegou o Ir. Hamilton Moraes, vindo do Farol, e mais tarde com a permissão daquela igreja, bem como dos congregados, promoveu um estudo para se organizar por um período experimental de 06 (seis) meses, a transformação em igreja. Veja-se que somente 33 anos depois de nascida a congregação, é que se pensou em proceder à organização em igreja.Em data de 21 de março de 1970, foi oficializada em sessão extraordinária, a transformação da Congregação Batista do Farol, em Igreja Batista do Pinheiro. Conseguia-se, assim, a independência necessária, para o crescimento e consolidação dessa instituição. Como não se tinha ainda um pastor titular para a nova igreja, ficou nesta condição o José Guedes dos Santos, do Farol. Entretanto, sua gestão se deu até dezembro de 1970.

Na verdade, por ser titular da igreja do Farol, era de se esperar que desse uma maior atenção a esta, e por aqui ficávamos sem um líder que representasse, em tempo integral, nossa igreja. Havia, então, a necessidade de um pastor que desse total atenção não só ao rebanho, mas da mesma forma aos trabalhos que começavam a surgir na igreja. Alguém precisava responder pela instituição. Ficou acertado, então, que seria feito um plebiscito, para decidir sobre a permanência ou não do Pr. JOSÉ GUEDES DOS SANTOS. No final do mês de dezembro daquele mesmo ano, após o resultado do referido plebiscito, por 29 votos a 08, decidiu-se que o então pastor estaria livre par apenas tocar a igreja do Farol.

Assumiu, interinamente, a partir de janeiro de 1971, o Pr. Luiz de Assis, que ao lado do Irmão Hamilton Moraes já mobilizavam a igreja para a necessidade de comprar terreno na vizinhança para se construir um novo templo que comportasse mais pessoas, afinal o templo construído em 1941, já não suportava todos os membros. Havia na época, um terreno ao lado da congregação que pertencia a uma vila de 15 (quinze) casinhas, denominada "Vila Miguel Palmeira", e a partir de então, nossos irmãos passaram a "namorar" tal terreno. Nesse mesmo ano, em 20 de junho de 1971, foi elaborado o Estatuto da nossa igreja, onde a partir do qual, passou a existir legalmente para a sociedade. Era sua certidão de nascimento, que entretanto, só foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 07 de julho de 1971.

Também em caráter interino, assumiu nossa igreja em 29 de agosto de 1971, o missionário, Pr. Boyd O'Neall, dando continuidade ao projeto de compra do terreno da vila. Ficou a liderança do conselho para tal compra, o Ir. Hamilton Moraes que teve muito trabalho para convencer os moradores do local a se mudarem. Enfim, o terreno foi comprado por R$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros). Mais tarde, por iniciativa do próprio Pr. O'Neal, durante uma sessão ordinária, estudou-se a idéia de convidar o então seminarista que já estava se formando, JONAS BISPO PEREIRA, a em momento oportuno e adequado assumir como titular, o Ministério Pastoral desta Igreja.

Em dezembro de 1973, estando a igreja com 138 membros, assume o Ministério, o Pr. JONAS BISPO PEREIRA, com o primeiro pastor oficial e titular da Igreja Batista do Pinheiro. Buscaram a partir daí, o apoio da igreja para iniciarem os trabalhos de construção do novo templo. Era um grande desafio, mas vencido aos poucos pelo sonho de uma igreja maior que permitisse o desenvolvimento dos trabalhos evangelísticos. Lamentavelmente, em meados do ano de 1974, o Ir. Hamilton Moraes, envolveu-se em um acidente automobilístico e veio a falecer dias depois. A construção do templo ainda estava em sua estrutura esquelética. Entretanto, os serviços não pararam e enfim, a construção foi concluída no ano de 1976, tendo sido dedicado ao Senhor em noite festiva do dia 02 de outubro de 1976. No ano seguinte, mais precisamente, no dia 30 de março de 1977, foi realizado o último culto de gratidão a Deus no velho templo, que em seguida foi derrubado par início da construção da casa pastoral. Provavelmente no ano posterior, deu-se início ao levantamento e construção do primeiro prédio de Educação Cristã. Destaque-se nesse período a grande influência na formação da igreja dos irmãos, José Antônio Jacinto, Alice Casado, Pr. Luiz de Assis, toda a família Nascimento, Olímpia Gomes (Irª. Moça), Mário Leandro, Nadir Souza, Paulo Zacarias, Joaquim Brito e tantos e tantos outros. O ministério do Pr. JONAS encerrou-se em abril de 1979.

Em junho de 1979, assumiu nossa igreja o Pr. ELISAFAN DANTAS DO REGO e o prédio de educação cristã, que começou a ser construído na gestão do Pr. JONAS, sob a liderança do Ir. Hélio Pinto de Moraes, foi enfim concluído, e dedicado ao Senhor. A igreja já estava madura, a ponto de no ano de 1982, sob a liderança do diácono, JOSÉ ANTÔNIO JACINTO, constituir-se a congregação desta igreja no município de Feira Nova (Hoje, Teotônio Vilela). Elisafan Dantas do Rego, permaneceu até abril de 1983.

 Em setembro do ano de 1983, assumiu nossa igreja o Pr. EDVAR GIMENES DE OLIVEIRA, que sem dúvida, possibilitou mudanças fundamentais em nossa estrutura devocional. Foi um pastor que dedicou grande parte de seu tempo, aos jovens e adolescentes. Em sua gestão, vemos a utilização de músicas voltadas ao ritmo nacional, paralelamente ao uso de louvores do Hinário Cantor Cristão. Caracterizou-se, também neste período, o início de uma abertura para discussão de temas que envolvessem questões políticas. Edvar Gimenes permaneceu até maio de 1987.

Em dezembro de 1987, nos agracia com seu Ministério Pastoral, MARCOS MONTEIRO. Definitivamente a IBP mostra sua tendência mais ousada. Na época mito bem auxiliado pelos pastores NELSON BONAPARTE e RONALDO ALVES, a igreja experimentou desafios ainda maiores. Da gestão anterior, aproveitaram o projeto "OASIS" e o estruturaram de forma a possibilitar um auxílio mais objetivo à comunidade, por meio da ação social, como por exemplo, através da alfabetização e cursos de qualificação. Era um meio concreto de instruir e dar condições de trabalho a quem interessasse. Vale ressaltar a contribuição do Ir. JOAQUIM ANTÔNIO DE CARVALHO BRITO, tendo aqui chegado desde 1971, encontrou no Pr. Marcos Monteiro, a liberdade fundamental dentro de uma entidade que necessitava se firmar não só como promotora do evangelismo, mas também como fiscalizadora e protetora dos direitos de liberdade, igualdade e justiça. O que é biblicamente coerente. MARCOS MONTEIRO, impulsionava o que muitas pessoas nunca imaginavam que pudesse acontecer: uma igreja envolvida com questões políticas. E em meio ao seu inconformismo e à resistência de muitos irmãos tradicionalistas, denominavam a IBP de "A IGREJA VERMELHA", referindo-se aos comunistas. Um tom pejorativo que não envergonha, ao contrário, revelava uma igreja inconformada e compassiva com os problemas sociais. Destaque-se, também, a importante contribuição da Irª. VALDENICE na estruturação da Educação Cristã da IBP. Após grandes dificuldades,mas depois de já ter germinado grandes ideais, esse pastor encerrou seu ministério na IBP, em maio de 1992.

Assume, interinamente, o Pr. SEBASTIÃO TAVARES DOS SANTOS, titular da igreja Batista Monte Sião, no Jacintinho que nos auxiliou até meados de 1993.

Enfim, assume o pastorado desta igreja em dezembro de 1993, WELLINGTON SANTOS, que desde então, vem desempenhando um Ministério Pastoral digno de aplausos no céu. O Pr. WELLINGTON SANTOS está há 10 (dez) anos à frente desse ministério e nesse interstício vemos que a IBP melhorou consideravelmente. Podemos ver mudanças não só estruturais, como a reforma e ampliação no templo ocorrida no período de setembro de 2000 a março de 2001, mas vemos também e acima de tudo, mudança nas atitudes da membresia, que vem crescendo consideravelmente. É suspeito hodiernamente, falar sobre o ministério do nosso pastor, afinal quem vem acompanhando seu trabalho tende a falar o que vê. São inúmeros trabalhos, que todos conhecerão ao longo deste Seminário. Aprecie, confira, e não deixe de participar!

Ademais, como ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher, consideremos a briosa participação da Educadora Cristã, ODJA BARROS, foram mudanças consideráveis no campo teológico que de forma muito responsável têm preparado a comunidade para o desenvolvimento cristão.

Nosso atual pastor teve como auxiliar, o Pr. ROGÉRIO ALVES, de dezembro de 1997 a junho de 2000. atualmente é nosso co-pastor, ninguém menos que O Ilmo. Pr. WALDIR MARTINS, que desde janeiro de 2001, ao lado de sua esposa CRISONETE, por meio de um ministério paralelo, vem dando sua contribuição singular na expansão do evangelho. Através dos nossos pastores, a IBP vem nos conduzindo, como cristãos a maravilhas no campo missionário.
Maceió, 05 de junho de 2004
  
Pitanguinha

Bairro típico, que mais parece uma cidade tranqüila de interior, com um povo hospitaleiro, festeiro e organizado. Tudo limpo, arborizado, a pracinha, a Igreja, gente simples nas calçadas, e nas noites de lua cheia, a serenata atravessando a madrugada, embalando os sonhadores, com músicas românticas. No carnaval o povo vibra com o “Pitanguinha Vai à Lua”, bloco organizado pelos moradores que marcou os velhos carnavais de Maceió.Assim é Pitanguinha, um bairro que abriga gente pobre e rica, num ambiente de cordialidade e união. Um avançado projeto de reciclagem de lixo doméstico, é exemplo já citado na imprensa.  A Igreja de Nossa Senhora das Graças e o abnegado do monsenhor João Leite propaga a fé católica de um povo bom, honesto e trabalhador, que cresce amando o próximo.
Desde que começou a povoar-se, o bairro da Pitanguinha sempre foi motivo de orgulho para seus primeiros moradores. A tranqüilidade do planalto, com o verde por todos os lados, as pitangueiras, os coqueirais e o riacho em sua parte baixa, proporcionava um aspecto de sitio, que durou por muitos anos, até o progresso chegar.
Mas é lá que vive ainda o tenente Antonio Gonçalves de Melo, que, do alto dos seus 90 anos de idade, esbanja saúde e força de vontade para trabalhar, mantendo até hoje a sua Fazenda Santo Antônio, criando gado, plantando lavouras de subsistência e usufruindo de uma vida rural em plena capital, bem próxima à avenida mais movimentada de Maceió: a Fernandes Lima.

O Pintanguinha Vai à Lua nunca mais desfilou no carnaval, por falta de verba. Mas a seresta, organizada pelos moradores festeiros do bairro, sempre é realizada uma vez por mês, aproveitando-se a lua cheia. São autênticos violonistas e tocadores de cavaquinho que percorrem as ruas, sempre acompanhados de improvisados cantores, entre velhos e jovens, que garantem manter esse ritual por muito tempo ainda, passando de pais para filhos.
A Casa é Sua – a Matriz Nossa Senhora das Graças

Monsenhor João Leite Neto faz parte da História da Pitanguinha, o bairro que escolheu para trabalhar como ministro do Senhor, o bom amigo de todos, um verdadeiro pastor. Conseguiu levantar a nova Igreja, mais ampla e bela, graças ao esforço da própria comunidade. A luta foi árdua, mas valeu a pena, como afirma o próprio sacerdote e pároco do bairro, que chegou a escrever um livro sobre os acontecimentos que resultaram na construção da nova matriz: A Casa é Sua, com depoimentos importantes, como o do então arcebispo metropolitano de Maceió, dom Miguel Fenelon Câmara.

Tudo começou em 1951, quando foi erguida a capela de Nossa Senhora das Graças. Passaram-se muitos anos para a conclusão das obras. A cada dia, era uma etapa vencida, graças ao apoio da própria comunidade. Houve apoio dos prefeitos Divaldo Suruagy, João Sampaio e Dilton Simões.

Bela e majestosa, a matriz da Pitanguinha tem sua fachada com uma cruz projetada pelo engenheiro José Arnaldo Lisboa Martins. Todo o trabalho, feito com muito amor e fé cristã, chegou ao seu final feliz, e hoje o templo sagrado do bairro é o ponto de encontro dos católicos, que recebem o carinho e a dedicação do monsenhor João Leite Neto, esse alagoano do Anel de Viçosa, que orgulha o clero alagoano.

Fundador relata como surgiu a Pitanguinha

Uma fazenda em meio ao burburinho da cidade grande, onde se cria gado, muitos coqueiros, horta e tudo que se tem direito na zona rural.Assim é a Fazenda Santo Antônio, do tenente Antonio Gonçalves de Mello, um pernambucano de bom conselho, que chegou a Maceió ainda menino, criou raízes e hoje, aos 90 anos, ainda esbanja saúde e é excelente arquivo da historia política e economia de Alagoas.

Conta o tenente Gonçalves que adquiriu a fazenda por 2 contos de réis, a Cavalcante Moura. Plantou 2 mil coqueiros foi expandindo as atividades rurais. Tinha muitas pitangueiras por toda a redondeza, e daí foram surgindo forasteiros, até que terminaram dando o nome de Pitanguinha, alusão a um pé de pitanga que se destacava porque era pequeno e dava bons frutos.

A área também pertencia à família Gerbase, uma das mais tradicionais de Maceió. Os irmãos Vicente e Antonio Gerbase possuíam uma imensa área, onde hoje está a rua Antonio Gerbase, uma das primeiras e mais arborizadas do bairro. Na época, o bairro foi surgindo com casas de palha e tinha como moradores, além do tenente Gonçalves, em sua fazenda: João Levino, José Pinheiro, João Garrafeiro e Candido Barbeiro. A água canalizada quem inaugurou foi Arnon de Mello, quando governador de Alagoas.

A ladeira da Moenda, hoje toda pavimentada, foi construída pelo tenente Gonçalves e outros moradores. Tudo era mato. Foi ele que plantou fruteiras, fez a estrada e ligou o Feitosa a Pitanguinha e Farol. Na administração do prefeito Abelardo Pontes Lima, construíram a ponte sobre o riacho Reginaldo. Hoje, o que a Pitanguinha é, um bairro organizado, limpo e tranqüilo, deve-se ao seu fundador, o tenente Gonçalves, o exemplo vivo de que com trabalho e união tudo se consegue.
  
Poço

A história do bairro do Poço remota ao século XVIII. Toda área era um imenso sítio de propriedade do português Antônio Fernandes Teixeira e sua mulher, dona Maria de Aguiar. Aos poucos foi se transformando e surgindo as primeiras ruas, beirando o litoral e o Riacho Salgadinho, cortadas pela antiga estrada do Poço. Hoje, é um dos principais bairros de Maceió, com ruas pavimentadas, sediando industrias, comércios, escolas, postos de saúde, a sede de O JORNAL, e ainda, muitas residências, algumas até preservando a sua arquitetura original do início do atual século.O Poço sempre foi um reduto de gente festeira, que se reunia no Natal, Ano novo, carnaval e período junino para comemorar com muita alegria essas datas. As praças foram surgindo e com elas as promoções festivas da época, com a população se confraternizando e recebendo visitantes de outros bairros da Capital. Com o progresso, o bairro ganhou um comércio movimentado, residências modernas e pavimentação de suas ruas.
Nas primeiras décadas do século XX, as ruas estreitas seguiram o estilo tradicional da época, com o hábito das cadeiras nas calçadas, símbolo do contato mais íntimo das famílias e vizinhos. Os homens se vestiam de pijama, espichados em cadeiras preguiçosas, enquanto as mulheres de chinelos, sem meias, recostavam-se em cômodas cadeiras de balanço. Era o tempo em que não existia televisão e o único divertimento do dia-a-dia era jogar “conversa fora”. Ainda hoje, em algumas ruas, os moradores conservam o hábito do bate-papo na calçada.

O Poço sempre foi assim. O progresso não conseguiu acabar com toda tradição do bairro. As crianças anda nas ruas de pouco movimento de veículos, e os vendedores de peixe, sururu, o pãozinho e outros ambulantes vendem seus produtos na base do “grito”, acordando os moradores. A festa do seu padroeiro, Senhor do Bonfim, continua mantendo a tradição e o velho Cine Plaza infelizmente fechou as portas.

Moradores conservam os nomes típicos das ruas

Os moradores do Poço ainda conservam os nomes que deram origem as ruas do bairro. Poucos sabem quem era Bernardo Guimarães, e chamam “Rua das Tocas”. Assim também conhecem a “Rua das Caieiras”. “Rua do Quilombos”, “Rua das Mangueiras”, “Beco do Ganso”, “Rua das Cacimbas” e Sovaco da Ovelha”. O progresso chegou , mas não mudou os hábitos dos mais antigos habitantes do bairro, que prefere o nome de origem das ruas, praças e travessas.

A antiga “Rua das Cacimbas” tem o nome da placa de Rua Vieira Sampaio, uma homenagem prestada a José Vieira Sampaio, que foi tabelião em Maceió e contador do Banco do Estado de Alagoas. A “Rua das Caieiras”, também se chamou muito tempo de “Rua dos Sambaquis”, numa referência à existência de sambaquis. Também foi Rua do Arame, e hoje é Castro Alves.

Outro nome típico de rua no Poço, é a “Rua das Mangueiras”, que depois passou para Rua Cassiano de Albuquerque, homenagem a esse alagoano de Porto Calvo, que viveu por muito tempo em Maceió e era um dos intelectuais da cidade, membro da Academia Alagoana de Letras. A atual Rua Pedro Paulino (primeiro governador de Alagoas na fase republicana e irmão de Deodoro da Fonseca) já se chamou “Rego da Mata”. A Rua Zeferino Rodrigues (médico e professor do Lyceu Alagoano) era e Estrada do Gulandim, que atravessava o bairro.

Dos antigos casarões, restam poucos, com a transformação em casas de comércio. Um desses fica na Rua Comendador Calaça, vizinho ao antigo prédio da LBA. Famílias tradicionais do bairro, como Calazans, Calaça, Gomes de Barros, Coelho da Paz e outras fazem parte da história. Alguns de seus descendentes, ainda residem por lá. Outros trocaram a casa grande por apartamentos no Farol ou na orla marítima.

Samba e forró fazem parte do cotidiano dos moradores

O samba e o forró fazem parte da vida dos moradores do Poço. Nem os trios elétricos conseguiram acabar com essa tradição. O bairro é sede da mais antiga escola de samba de Maceió: a Unidos do Poço. E, foi escolhido para sediar a Escola de Samba de Nação Imperial , que foi grande campeã do carnaval deste ano (1996) cuja sede fica na rua Santos Feraz. É de lá, que todos os anos, nas festas juninas, sai a quadrilha Show Aconchego, a bicampeã alagoana.

Nas décadas de 50 e 60, os moradores do Poço também se divertiam em seus clubes. Tinha o Atlético, que funcionava na Comendador Calaça, em frente à casa de saúde Santa Lúcia, e ainda o Jaraguá Tênis Club, na divisa do Poço com Jaraguá, hoje, funcionando apenas com sua quadra de tênis. O Cine Plaza passou a exibir apenas filmes pornográficos, que terminou fechando as portas.

O ponto de encontro festivo de hoje, é o SESC, que realiza toda Sexta-feira, shows com artistas da terra, aberto ao público, pagando-se uma pequena taxa. Na entrada da antiga “Estrada do Poço”, em frente à Escola Técnica Federal de Alagoas, funciona o Xamego do Povo, uma danceteria que atente todos os gostos e atrai gente de todos os bairros da cidade.

Comércio cresce sem tirar a tranqüilidade das transversais
Com a descentralização do comercio de Maceió, o bairro do Poço ganhou novas lojas dos mais variados ramos, sediados em pontos estratégicos, como a Praça Bonfim, a avenida Comendador Leão e a rua Comendador Calaça. Seus moradores dispõe de dezenas de mercadinhos, além de farmácias, padarias açougues e casas de material de construção e peças de carros. Muitos dos antigos casarões viraram casas de comércio ou escolas.
O comércio mais movimentado do bairro, fica exatamente em seu ponto central: a Praça Bonfim, que detém ainda pequenos hotéis, remanescentes da época em que o bairro sediava a Estação Rodoviária. O local é movimentado, com parda de ônibus, o Colégio Crispiniano Portal e varias lojas.

Os dois grandes moinhos de trigo de Maceió, estão localizados no Poço. O bairro também foi escolhido para ser a sede de O JORNAL. Dispõe ainda de duas maternidades: Santa Mônica e Santa Lúcia; a Clinica de Faturas, dezenas de consultórios médicos e odontológicos, além de escritórios de prestação de serviços.

Sua proximidade com o Centro de Maceió garante aos seus moradores acesso, até mesmo a pé, percorrendo a Rua Barão de Atalaia, a antiga “Estrada do Poço”. Fica também próximo ao Shopping Center Iguatemi e a orla marítima. É um bairro tranqüilo, bom de se viver, e se valoriza a cada dia.

Profissionalização tem um lugar de destaque
O bairro do Poço dispõe dos principais centros profissionalizantes de Maceió: o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC), Centro de Treinamento Educacional Otoniel Pimentel, mantido pela Campanha Nacional das Escolas da Comunidade (CNEC) e a Escola Técnica Federal de Alagoas.
Na Avenida Comendador Leão, a mais movimentada do bairro, funciona o SENAI, num amplo prédio, onde mantém dezenas de alunos estudando as principais profissões do mercado. Um pouco antes na direção Centro-bairro, encontra-se na Rua Pedro Paulino, o SENAC, garantindo cursos profissionalizantes para comerciários e a própria comunidade. Os dois órgãos de assistência a trabalhadores, seus dependentes e a comunidade em geral, existem há 50 anos.

No antigo prédio da Estação Rodoviária, funciona o Centro Cenecista de Treinamento Otoniel Pimentel, mantido pela CNEC. Lá professores e outros profissionais ligados a escolas mantidas por essa entidade, são treinados, para proporcionar um ensino de boa qualidade ao milhares de estudantes das escolas cenecistas.Na entrada do Poço, fica o amplo prédio da Escola Técnica Federal de Alagoas, com cursos de 2º grau profissionalizantes. De lá, saem jovens prontos para enfrentar o mercado de trabalho competitivo. A escola mantém cursos de Eletrotécnica, Eletrônica, Química, Computação, Estradas, Edificações, Mecânica e outros.
  
Ponta da Terra

A parte pobre da área nobre de Maceió
Antes de se tornar famoso em todo o País, o  bairro  da Ponta Verde, com seus edifícios de apartamentos  e sua bonita praia, era um imenso sítio de coqueiros, que pertencia ao bairro de Ponta da Terra, um dos mais antigos da capital, que remota  ao  início do atual século. Hoje, resume-se algumas ruas, com residências e casas comerciais, abriga cerca de 20 mil habitantes e se divide com a Ponta Verde, Pajuçara, Poço e Jatiuca.

Conta o historiador Craveiro Costa, em seu livro ”Maceió”, que na década de 1920, com a opção dos ricos da época pela Pajuçara, onde construíram casas de veraneio, os pescadores foram se transferindo para a Ponta da Terra, surgindo novas ruas, com casas modestas, geralmente cobertas com palhas de coqueiros.

O bairro foi encolhendo aos poucos, com muitas das suas ruas sendo tomadas pela Pajuçara e Ponta Verde. Seus moradores ainda preservam a tradição de se reunirem nas calçadas  à noite, para conversar sobre todos os assuntos. Nos fins de semana freqüentam as praias e, durante a semana , trabalha, geralmente no centro da cidade, utilizando as dezenas de ônibus que passa pelo bairro.

 Álvaro Otacílio foi um dos fundadores da Ponta da terra
Um dos fundadores dos bairros da Ponta da Terra, foi o alagoano de Marechal Deodoro, Álvaro Otacílio, hoje, nome da principal avenida da orla marítima da Ponta Verde e Jatiuca. Ele era proprietário de sítios de coqueiros naquela área, que aos poucos foi loteando, para dar lugar à construção de casas e edifícios de apartamentos.

Álvaro Otacílio nasceu em 1898, na antiga Capital alagoana, saindo de lá ainda pequeno para residir em Maceió. Comprou vários terrenos na Ponta da Terra, e foi aumentando seu patrimônio. Aos 14 anos de idade, trabalhava como  vendedor de uma loja de tecidos em Jaraguá, o principal centro comercial de Maceió, nos primeiros anos do atual século. Depois tornou-se  dono de loja .Faleceu em 20 de março de 1963.

Outros proprietários de sítios de coqueiros foram se desfazendo de seus bens, depois da ascensão da Pajuçara, exigindo a abertura de ruas na Ponta da Terra, onde no século passado era só coqueirais, com uma ponta de terra avançando para o mar, e, dando origem ao nome do bairro que floresceu a partir dos anos 30.

 Bonde dá lugar  a  trânsito agitado
O passeio de bonde até a Ponta da Terra era um dos divertimentos de jovens e adultos nas décadas de 40 e 50, em Maceió. O bonde saía do Trapiche da Barra, passando pelo Prado, Centro , Jaraguá e Pajuçara terminando na Praça na Praça Lyons, início do bairro da Ponta da Terra.

Os saudosistas desse meio de transporte lembram de Maceió daquela época, quando não existia esse trânsito  tumultuado. Os bondes e os carros de passeio, movimentavam o dia-a-dia do Maceioense.
 Os bondes de Maceió foram desativados no final da década de 50, com a ascensão dos micro ônibus, conhecidos como “sopas”, que serviam aos diversos bairros da cidade. Esse meio de transporte teve vida curta, sendo substituído pelos ônibus maiores, que continuam servindo a população.

 Ruas do bairro homenageiam as personalidades da época
Políticos, comerciantes e intelectuais que marcaram época no início do atual século, tem  seus nomes  imortalizados nas ruas do bairro da Ponta da Terra, na Zona Norte de Maceió. As ruas, são poucas, já que muitas foram “engolidas” pela Pajuçara e Ponta Verde. Uma das principais é a Domingos Lordsleen, antiga Rua da Boa Vista, que tem em seu patrono  uma das figuras mais conhecidas da Capital alagoana nos primeiros anos do século. Nasceu em Marechal em 1849 e faleceu em Maceió em 1929. Foi fundador da Relojoaria  Lordsleen, que funcionava na rua do Comércio no Centro. Profundo defensor das artes, presidiam por muitos anos o Montepio dos Artistas  e o Liceu de Artes, e ingressou na política, elegendo-se Deputado Estadual.

Outra importante rua da Ponta da Terra, é a Firmino Vasconcelos, um sergipano que se radicou em Alagoas, sendo prefeito de Maceió  por três gestões nas duas primeiras décadas do atual século. Era farmacêutico, com sua Farmácia Firmino, da Rua do Comércio. A rua , antes de receber o nome desse político era conhecida como ”Rua do Barbeiro” e, também, “Rua das Quixabas”.

A Rua Lafayete Pacheco, outra do bairro da Ponta da Terra, é uma homenagem prestada a esse alagoano de Maceió, que foi, por muitos anos, vendedor da Loja Brasileira Galvão. Era  um humorista nato. Fundou o “Bacurau”, um jornal que fez muito sucesso nos anos 20 e 30, em Maceió.

Comércio vem se expandindo por todas as ruas do bairro

Encravado entre a Pajuçara e Ponta Verde, o antigo bairro  da Ponta da Terra também vem se tornando, aos poucos, uma área comercial. Seus moradores dispõem de mercadinhos, padarias, farmácias, bares, lanchonetes e outros Estabelecimentos Comerciais. As ruas já receberam melhoramentos, como pavimentação e rede de esgotos e a proximidade com as praias garantem o lazer  no fim de semana.

As donas-de-casa dispõem do Supermercado Bom Preço, que fica na Pajuçara, mas já na divisa do bairro. Se optarem por frutas e verduras, já contam com os conhecidos “sacolões” e andando mais um pouco compram o peixe fresco na balança da Pajuçara.

Os vendedores ambulantes oferecem de porta em porta: peixe, sururu, inhame, batata, verduras, legumes, frutas , picolé, munguzá, tapioca e cuscuz.

População festeja intensamente, o Natal, carnaval e São João 
                   
Festeiro por tradição, os moradores da Ponta da Terra passaram a contar com uma das mais famosas casas de festejos da cidade: a Nostalgia. Mas antes, nunca deixaram de se divertir. No carnaval, saem  na escola de samba Jangadeiros

alagoanos e nos grupos de Bumba-meu-boi. Em período junino, muitas das ruas se enfeitam para promover as famosas quadrilhas, que disputam o campeonato das melhores da cidade. Nem a pavimentação das ruas acabou com a tradição das fogueiras, que são instaladas no Santo Antônio, São  João  e São Pedro.

Os festeiros moradores da Ponta Verde começam a cair no frevo logo depois do reveillon. As ruas são animadas com blocos e ainda a meninada que sai com o bumba-meu-boi, pedindo colaboração financeira para desfilar no carnaval.
  
Ponta Grossa

Surgindo da imaginação festeira de foliões e forrozeiros, o bairro de Ponta Grossa, próxima ao Centro de Maceió, continua preservando sua tradição de reduto do mais popular  carnaval de rua e das mais  animais festas juninas. Seus moradores são alegres, e esquecem a crise durante os dias de festa.

Com mais de 30 mil habitantes distribuídos em dezenas de rua, vielas e praça, Ponta Grossa  o bairro do saudoso “Moleque Namorador”, um alagoano de São Luiz do Quitunde, famoso carnavalesco, que animava o carnaval do bairro ao som do autêntico frevo pernambucano. Morreu na década de 1940, mas seu nome está imortalizando numa praça, que se tornou o quartel general do frevo popular de Maceió.

Os moradores de Ponta Grossa fazem questão de enfeitar suas ruas durante o carnaval e o São João, mesmo quando não recebem qualquer contribuição financeira da prefeitura. Todos se unem num só espírito festeiro, e não deixam a tradição morrer.

Nos primeiros anos do atual século, Ponta Grossa não passava de um arrebalde habitado por pescadores da Lagoa de Mundaú. As ruas foram surgindo com a saída dos moradores da Levada e do Centro, que se transformaram em bairros comerciais. O bairro foi crescendo e hoje se constitui num dos mais importantes da capital. Limita-se com o Prado, Levada, Vergel e Coréia. Perto do Centro, seus moradores pouco utilizam o ônibus. Vão ao mercado da produção e ao Centro a pé. Dispõe de colégios, como Èlio Lemos, o maior da rede cenecista; grupos escolares, como o tradicional 7 de Setembro e outros serviços básicos necessários à população.

Moleque namorador, símbolo de animação

      
O carnaval mais popular de Maceió é na Praça Moleque Namorador, no bairro de Ponta Grossa, reduto dos mais autênticos foliões, que seguem a tradição do patrono da praça, como passista vencedor de vários concursos, morto de tuberculose em 1949, mas com seu nome imortilizado no principal centro festeiro do bairro.

O Moleque Namorador era o apelido de armando Veríssimo Ribeiro, alagoano de são Luiz do Quitunde, que morava na Rua Xavier de Brito, no Prado, mas animava os carnavais de Ponta Grossa, exatamente no largo que deu origem a praça. Era um jornaleiro muito conhecido na cidade nas décadas de 30 e 40, sempre de bom humor e um verdadeiro folião.

Os moradores continuaram preservando alegria do Moleque Namorador e, fazem o melhor carnaval de rua de Maceió. A praça foi erguida nos anos 60 e tem placa e uma escultura de um passista lembrando seu patrono.

Políticos, carnavalesco e santos são nomes de ruas

As ruas de Ponta Grossa têm nome de políticos, empresários, estudantes e carnavalescos e até de um “santo”, o “Menino Petrúcio”, que morreu prematuramente e tem fama de milagreiro, com seu túmulo no Cemitério de São José sendo visitado a todos os dias pelos devotos.
Segundo o historiador Félix Lima Júnior, em seu livro “Memória de minha Rua”, a Praça Menino Petrúcio construída na administração do prefeito Sandoval Caju, é uma homenagem a um menino simples, de família pobre, que sempre foi considerado uma “alma boa” e morreu ainda criança começando a fazer alguns milagres.

A avenida Silvestre Péricles, mais conhecida como Rua Formosa, e a mais longa do bairro, partindo das proximidades do Vergel do Lago e chegando á Levada, já bem próxima ao Centro. A homenagem é a um dos governadores mais famosos de Alagoas. Tem ainda a Rua Demócrito Gracindo, Félix Bandeira, Manoel Lourenço e várias com nomes de santos. Mas os nomes originais, sempre são lembrados pelos moradores, como Rua dos Timbiras, outra de grande extensão. 

Laser e fé  Prédio do cine lux é hoje um reduto dos evangélicos

Com a ascensão da televisão, os bairros de Maceió foram perdendo seus cinemas, que sempre se constituíram em locais de lazer para os fins de semana. Assim aconteceu na Ponta Grossa, que viu desaparecer o Cine Lux , hoje ocupado por uma igreja evangélica. Era o mais espaçoso cinema da capital e freqüentado por gente que chegava de vários bairros para assistir aos mais recentes filmes da época.

Para os saudosistas, não se pode esquecer o lux. Por lá, casais apaixonados assistiam candelabro italiano, Dio come ti amo, Lovy story, a Noviça Rebelde e tantos outros sucessos do cinema. O lux foi fundado pela família Miranda na década de 60. Quem hoje passa por aquele local, lembra com saudades dos momentos de lazer passados no lux. As matinês dos sábados e domingos; a paquera; o namoro e, tantos casamentos que surgiram a partir de um encontro naquele cinema. As novelas da TV acabaram com o Lux, o Rex e outros cinemas da capital e, mais precisamente das cidades do interior.

Moradores fazem questão de manter nomes típicos

Apesar da mudança de nomes, os moradores de Ponta Grossa nunca deixam de chamar “rua da Assembléia”, “Rua da Soledade”, “Rua dos timbiras”, “Rua Formosa” e tantas outras. Todas já são pavimentadas, mas seus moradores ainda conservam o velho hábito de se reunir nas calçadas “jogando conversa fora”. Os nomes foram trocados por homenagens de vereadores, que nunca procuraram ouvir seus moradores.

A Rua da Soledade, tem na placa, o nome de Baltazar de Mendonça, um Pernambucano, que morou alguns anos em Maceió, chegando a ser deputado estadual, mas que prestou nenhum benefício ao bairro. Seus moradores continuam chamando “Rua da Soledade”. A Rua dos Timbiras é Virgílio Guedes, advogado que viveu em Maceió os anos 20 e 30, que também nunca residindo na Ponta Grossa.

Quem não conhece as ruas e travessas do bairro chega a se perder, com a deficiência de sinalização. O ponto principal de referência é a rua formosa “Avenida Silvestre Péricles de Góes Monteiro, justa homenagem do povo a um dos mais famosos políticos de Alagoas”.

 Colégio Èlio Lemos é o orgulho do bairro

Os moradores de Ponta Grossa sempre tiveram ao alcance escolas de 1º e 2º graus. O grupo Escolar 7 de setembro, é o mais antigo do bairro, por onde já passaram muita gerações. O colégio Èlio Lemos, mantido pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (Cnec) funciona há mais de 30 anos, e dispõe de cursos pedagógico e científico.

Na década de 60, o Èlio Lemos era tido como um dos melhores colégios de Maceió. Por lá passavam adolescentes de classe média que residiam na Ponta Grossa, Prado, Levado e Centro. Dispunha de uma boa equipe de professores e preparava os alunos para o vestibular. Hoje, vem conseguido retomar sua posição, com um bem estruturado curso científico.

O nome Èlio Lemos é uma homenagem da Cnec ao estudante Èlio de Lemos França, que morreu afogado na Cachoeira de Paulo Afonso, numa excursão de estudantes de Maceió. Dirigiu por alguns anos a revista “Mocidade”, além de uma peça teatral: “Noites da Lagoa”.
  
Ponta Verde

O bairro nobre da "Cidade Sorriso" 


 Considerada um dos cartões postais de Maceió, a praia de Ponta Verde era conhecida antigamente como a Praia das Acanhadas por que era procurada pelas tímidas jovens da sociedade que queriam se banhar sem serem vistas e a Ponta Verde era cheia de imensos coqueiros. O nome atual foi herdado do Sítio Ponta Verde, que ficou conhecido em todo o Brasil por causa de um coqueiro de aparência inusitada - parecido com um pescoço de uma ema – o até hoje famoso "Gogó da Ema", embora não exista mais, marcou época como símbolo turístico das Alagoas.  Hoje a Ponta Verde é um dos bairros mais movimentados e de melhor infra-estrutura de Maceió, caracterizado por reunir os melhores restaurantes e hotéis do litoral alagoano, além dos edifícios mais luxuosos da orla.

Uma Ponta de terra adentrando o verde mar.

Do acidente geográfico, surgiu o nome Ponta Verde; ponta vem de terra que avança pelo Oceano Atlântico, e o verde devido a imensa quantidade de matagal e coqueiros que existiam no local.

Por volta da década de 40, os garotos se arriscavam por aqueles caminhos que eram cercados por inúmeros coqueiros, segundo o relato do senhor Miguel Vassalo Filho, historiador que mora no bairro da Ponta Verde e estuda a origem das ruas de Maceió. Ele conta que isso ocorreu entre as décadas de 40 e 50 e que eram feitas excursões, que partiam do ponto onde está o AIC (Alagoas Iate Clube), até a Lagoa da Anta, onde encontramos hoje o hotel Jatiúca.

O empresário Mauro Vasconcelos, conta que alguns anos mais tarde, o sítio foi comprado por seu avô, o senhor Álvaro Otacílio de Vasconcelos (nome da principal avenida da Ponta Verde que fica a beira mar).

A área do bairro permaneceu em forma de sítio, aproximadamente, até a década de 1960 quando, então, começou a ser povoada, primeiramente, com a iniciativa do senhor Álvaro Vasconcelos de lotear a região; e, posteriormente , com o crescimento dos bairros de Pajuçara e Ponta da Terra, as pessoas foram povoando a região mais próxima desses bairros que é o atual bairro de Ponta Verde. **
  
Ocupação e urbanização da Ponta Verde

É a partir  dos anos 60 que começa a ocorrer um processo de preparação para a expansão do povoamento da região, através dos loteamentos que influenciaram a efetiva ocupação deste bairro, no período posterior às décadas de 70 a 90.
Até a década de 50, na Ponta Verde, as habitações que existiam ficavam lá para dentro da Ponta da Terra. Ali, muitas casinhas de chão batido, cobertas de sapé, redes e gente sonolenta observavam ao longe a ponta da terra que adentrava o mar verde esmeralda que, 20 anos mais tarde seria habitada pela gente rica da cidade, através dos loteamentos. Assim o loteamento Álvaro Otacílio foi registrado na Prefeitura de Maceió, em 17 de Outubro de 1953. Em sua planta original possuía 40 quadras e 649 lotes com dimensões prediais de 15 X 30 m.

O Turismo em Ponta Verde

Sendo o turismo a vocação natural de Alagoas, Maceió começou a ocupar um lugar de destaque na definição das metas Governo. Industria em expansão no mundo inteiro, até então livre de poluição e altamente eficaz na geração de emprego. Desta forma, o bairro da Ponta Verde começou a investir em hotéis de qualidade.

Palco de eventos como o Maceió Fest, que agita anualmente a cidade. A avenida principal se transforma em uma imensa área de lazer, todos domingos, quando o trânsito é interrompido, proporcionando um final de semana diferente aos moradores e visitantes, sobretudo para as crianças que se divertem de patins, charretes, carrinhos infantis de todos os tipos. O calçadão tem uma pista para ciclistas, que acaba funcionando como pista de "cooper" e caminhadas.  É uma praia de mar manso e rodeada por muitos coqueiros, e na maré baixa formam-se piscinas naturais de água morna. Ponta Verde esta pronta para receber os turistas vindos de todas as partes do mundo!

O Gogó da Ema

Gogó da Ema era um coqueiro torto, existente no sítio do Chico Zu, na Ponta Verde. No inicio era completamente desconhecido. Quem Falava dele então ? Pouquíssimas pessoas. Sabe-se apenas que algumas pessoas desejosas de vê-lo, pulavam a cerca do sítio do Chico Zu (Francisco Venâncio Barbosa) arriscando-se às mordidas do cachorro que guardava a propriedade ou às chifradas de algum boi bravo que lá pastasse na ocasião.

O mar avançou muito, derrubou outros coqueiros, fazendo com que se pudesse divisar o Gogó, da praia ou do mar, quando se passava ou tomava banho. E ei-lo que se torna, pouco a pouco, falado cantado, adquirindo até celebridade internacional. Turistas ou passageiros, ao desembarcar, indagava logo onde fica o Gogó da Ema.

Em 1930, bem perto do local, perfuraram vários poços à busca de petróleo. O mar avançou mais, pondo em perigo a famosa palmeira. Para ela foi reclamada proteção, havendo a Gazeta de Alagoas, em reportagem intitulada "Os assassinos do Gogo da Ema", denunciando o perigo. A Prefeitura mandou protegê-lo com um muro de alvenaria de tijolos e uma traves de madeira, o que não bastou para garanti-lo.

Apesar das advertências do público e dos jornais, no dia 27 de julho de 1955, às 14:20 horas, ele caiu aos poucos, devagarzinho. Imediatamente, pessoas de estavam nas proximidades cortavam as palhas e colheram os frutos. De tudo foi testemunha ocular o trabalhador  José Dias de Oliveira.

O acontecimento foi comentado em toda Maceió. Segundo consta, a causa de o coqueiro ter ficado aleijado fora haver o seu tronco sido perfurado por um besouro, pequeno.

Tentando salvá-lo, reergueram o coqueiro em 29 daquele mês. Enquanto um guindaste o levantava, populares que presenciava a tentativa de ressurreição batiam palmas e davam vivas entusiásticos. No dia seguinte os jornais circularam com numerosas fotografias.

Deve-se ao jornalista Carivaldo Brandão a iniciativa de reerguer o coqueiro. Os agrônomos Jesus Geraldo e Olavo Machado examinaram a possibilidade de salvá-lo.
     
A Gazeta de Alagoas registra melancolicamente:"Vão morrendo, desaparecendo, uma a uma, as coisas tradicionais desta terra: o Grande Ponto(?), o Relógio Oficial (no coração do Comercio)... Agora, o Gogó famoso, do qual já se falava em todo o Brasil" .

Na Ponta Verde, no local onde esteve o Gogó da Ema, foi aberta uma "praça" com seu nome (foto acima)
Limites do Bairro
Área de 1.375 Km2 com perímetro 5.721m
Ao norte com Jatiuca, ao sul com  Pajuçara e Oceano Atlântico, ao Leste com Oceano Atlântico e Oeste com Ponta da Terra e Poço.
Projeto de Lei Nº 5.041 altera a lei 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió e inclui o abairramento da zona urbana e dá outras providencias.
Lei municipal 4.952, de 6 de janeiro de 2000, define a descrição do perímetro do Bairro da Ponta Verde. Ponto inicial e final: Encontro da Rua Sarg. Alberto M. da Costa com Rua Deputado José Lages. Do ponto inicial segue pela Rua Dep. José Lages. Continua pela travessa Hélio Pradines até a Rua Prefeito Abdon Aroxelas prolongando-a até a margem do Oceano Atlântico, na praia da ponta verde. segue pela orla marítima ate encontrar o prolongamento  da rua Eng.º Demócrito Sarmento Barroca. Daí, percorre a rua Eng.º Demócrito Sarmento Barroca ate encontra a rua Engº Mario de Gusmão. segue pela mesma ate a rua José G. Pereira do Carmo. Dai segue até a rua Durval Guimarães. Segue por essa ate encontrar a Travessa Senador Firmino Vasconcelos. Continua pela mesma ate encontrar a rua Soldado Eduardo dos Santos. Dai segue pela mesma ate o ponto inicial, no seu encontro com a Rua Deputado José Lages. Publicado no Diário Oficial do Município - DOM, em 7 de janeiro de 2000.

 Infra-estrutura da Ponta Verde
A praia de Ponta Verde por estar localizada dentro da cidade de Maceió e oferecer uma das mais belas paisagens da cidade é uma das mais procuradas praias pelos turistas e moradores da cidade. Cheia de bares à beira mar, aos fins-de- semana transforma-se num formigueiro de gente que vem aproveitar os dias de folga para passar o dia. Com um mar ora azul da cor do céu ora verde que deslumbra até mesmo turistas brasileiros já habituados as belezas naturais do País.Apesar de ser mais conhecida como "O Paraíso das Aguas", Maceió não é só praia e sol. Mas qualquer visita a essa cidade tem que começar obrigatoriamente pelas suas belas praias que estão entre as melhores do país.

Hotel Ponta Verde 

Em Maceió uma das mais belas praias é a da Ponta Verde, de cor verde esmeralda, cercada por coqueirais e por pequenas piscinas naturais formadas pelos  recifes de corais . As jangadas ao mar com suas velas ao vento e o  clima tropical  durante todo ano  é um ótimo convite para quem procura sol e deseja viver  momentos de alegria e prazer .  Nesse cenário de cartão postal está localizado o Hotel Ponta Verde, no coração da cidade de Maceió.

O Hotel Ponta Verde é um hotel moderno que segue as atuais tendências da arquitetura.  O bom gosto e  a praticidade estão presentes  em cada detalhe, visando proporcionar o máximo de conforto e um excelente atendimento . Como a primeira impressão é realmente a que fica, a recepção do hotel garante  logo na entrada   a satisfação  do hóspede ao recepcioná-los num  grande lobby com sala de estar,  ar-condicionado central, mesas para jogos, lobby bar com internet  (Wi-Fi) e TV de plasma, rodeado por lojas de serviço e boutique.  As obras de arte da alagoana Rosa Piatti e as flores tropicais deixam o ambiente mais bonito, e harmonioso.

O Hotel Ponta Verde possui 203 apartamentos, entre suítes, apartamentos frente-mar, lateral-mar e standard. Todos são equipados com ar-condicionado, tv em cores  com canais  por assinatura, painel de controle na cabeceira, travesseiros de pluma de ganso, som ambiente,  frigobar, acesso a discagem direta  nacional e internacional ,cofre individual, room service 24 horas, banheiro privativo , secador de cabelos, tomadas  110V  e 220V e acesso a internet sem fio .  Dispõe ainda de modernos apartamentos para executivos, com espaço reservado para reuniões,  business center com computador, impressora e  acesso a internet (Wi-Fi) .Estrategicamente localizadas, de frente para a praia de Ponta Verde, estão às piscinas para adultos e crianças, com amplo deck e serviço de bar.  Para os pais que  viajam com bebês o hotel oferece o conforto e a praticidade de uma cozinha destinada especialmente para o preparo de suas refeições, chamada carinhosamente de Baby Copa.

O Restaurante dos Corais com vista para a praia e decorado com belas obras de artistas plásticos alagoanos é mais um convite a boa gastronomia brasileira.  Diariamente o hóspede terá a sua disposição um serviço de buffet no jantar  e atendimento a la carte no almoço e no jantar , além do farto café da manhã, servido com a tradicional tapioca.

As sextas-feiras uma feijoada brasileira bem caprichada anuncia que o final de semana chegou e  que estamos todos liberados  para poder cometer o pecado da gula sem culpa. O aroma da feijoada se espalha por todo restaurante e é possível sentir o delicioso cheiro do feijão preto, torresmo, charque, paio, costelinha de porco e lingüiça
Para quem prefere uma refeição leve e saborosa a melhor opção é o cardápio  “Sabor Saudável “ , com comidas de baixas calorias , especialmente elaborado pela nutricionista do hotel.

Os principais pontos turísticos de Maceió privilegiam ainda mais o Hotel Ponta Verde, que está localizado também próximo aos  melhores bares, restaurantes, bancos e feiras de artesanatos. Destaque também para os mais de 6 km de ciclovia e de calçadão, localizados em frente ao hotel, perfeitos para caminhadas. 
  • Elevador panorâmico com vista para o mar;
  • Restaurante especializado em cozinha regional e internacional, 
  • Lobby bar com internet e tv de plasma;
  • Lojas e locadora de veículos;
  • Business center;
  • Baby Copa;
  • Serviço de apartamento (room service) 24 horas;
  • Lavanderia e gerador;
  • Piscinas para adultos e crianças;
  • Centro de convenções com capacidade para 260 pessoas;
  • Garagem privativa (subsolo);
  • Sinal para acesso a internet wireless (Wi-Fi). 
 Alagoas Iate Clube - O Alagoinha

AQUELE QUE NASCEU DO MAR

Em uma noite enluarada Netuno e Anfitrite já entediados da fauna marinha que seus olhos há milênios vislumbravam, confabularam de fazer surgir sobre as águas, algo diferente que os deslumbrassem, quebrando a monotonia reinante.

Como deuses mitológicos, porém a concretização de tão ousado sonho precisaria da cooperação das criaturas da terra. E esta não se fez esperar. Juntaram-se homens também sonhadores idealistas dinâmicos, e com a decisão e intrepidez de titãs, decidiram que o desejo dos deuses oceânicos seria atendido, e iniciaram a portentosa obra.

Os tímidos, os indecisos, não acreditavam no arrojo de tão majestoso empreendimento, e, a proporção que suas estruturas assomavam à flor das águas, não faltaram os maledicentes, os demolidores, os invejosos que prognosticavam um fracasso total. O grupo, porém, coeso, não esmoreceu. Enfrentou, por varias vezes, grandes procelas, obstáculos de todas as formas. E também não se deixou levar pelo canto tentador e enganador das sereias, fazendo-o tomar rumo diverso ao da rota iniciada.

E, persistindo em levar avante aquele sonho, viam lentamente, crescer, em forma de concha redonda, ligada à terra por um promontório artificial, os seus anseios de homens realizadores.
E eis que, afinal, vencendo tremendos óbices, tudo ficou pronto. E ao surgir de uma manhã ensolarada, quando o sol se espraiava sobre as águas tranqüilas da enseada de Ponta Verde, fazia também reluzir as  vidraças e metais que circundavam aquele pequeno anfiteatro onde iria se reunir a nata da sociedade alagoana para os torneios dançantes, as competições esportivas dos veleiros, enfim, um agradável ponto de reunião onde, ao murmúrio das ondas que ali se esboroam, poderiam saborear apetitosos pratos regionais em agradáveis refeições com seus familiares e amigos. Estava, portanto, construído o Palácio do Mar. Tudo era festa. Gaivotas alegres voejavam em seu derredor e peixinhos pulavam de contentes.

E, assim, nasceu aquele que foi batizado com o nome de ALAGOAS IATE CLUBE e, depois, carinhosamente “crismado” de “Alagoinha”, o filho caçula do sonho e desejo de Netuno e Anfitrite. Que depois passou a ser “a menina dos olhos” dos irmãos Costa – Luiz e Paulo – e “afilhado” querido de José Padilha Queiroz e dos demais membros de sua Diretoria.

Embalado em berço de algas sobre as águas mansas do mar de Ponta Verde, lá, onde tudo é verde, os coqueiros, a cor do oceano, junto ao da esperança de te ver crescer cada vez mais belo, tornando-te mais suntuoso, confortável e acolhedor para orgulho e satisfação dos teus idealizadores e dos filhos desta terra das belas praias!

Prado

Um dos bairros mais tradicionais de Maceió, o Prado entra na era do crescimento vertical, com o surgimento de arranha-céus, a exemplos dos edifícios Ômega, Antares, Vega e Maison Chateaubriand. Sua localização, entre a praia do Sobral e o Centro da cidade, propicia o surgimento do comércio. Casas antigas são transformadas em lojas de peças, material de construção, bebidas e mercadinhos.

A proximidade com todos os serviços básicos da capital fez surgir uma verdadeira especulação imobiliária. Alugar uma casa ou apartamento no Prado é tarefa difícil e cara. Por mais simples que seja uma casa, não se consegue alugar por menos de R$ 200,00. Os moradores não utilizam ônibus para ir ao comércio central, nem ao Mercado da Produção.

Há cerca de 30 anos, o Prado era só residencial. E, para a população de baixa renda. Aos poucos foram surgindo novos moradores de classe média, que construíram suas residências amplas. Na avenida Siqueira Campos, a principal do bairro, vários bangalôs foram edificados, desde a praça Afrânio Jorge (praça da faculdade de medicina) até o Trapiche, quando termina a larga avenida de pista dupla.

Para os moradores, escola não é problema. Lá funcionam: colégio sagrada Família, Adonay, pio X, Ferroviários e várias escolas de alfabetização de 1º grau menor. Para se abastecer de alimentos, tudo é perto. Em cada esquina do Prado tem uma mercearia, padaria ou mercadinho, que também vende hortigranjeiros. Os mortos também não trazem problemas financeiros para os familiares. O enterro é feito como antigamente: todos acompanham o defunto a pé, pois os dois principais cemitérios da cidade  ficam no bairro. Se precisar ir para o necrotério, já sai de lá direto para o cemitério. É no Prado que fica o Instituto Estácio de Lima ( Medicina Legal ). 

 Avenida Siqueira Campos servia para o povo praticar hipismo

Tudo começou com uma pista de corrida de cavalos, que saia do Centro da cidade para as margens da Lagoa Mundaú, no Trapiche da Barra, com suas casas residenciais, o cemitério, e depois o Quartel do Exercito (hoje Faculdade de Medicina da UFAL). O próprio nome do bairro lembra sua origem: um hipódromo ou pista de corrida e, ainda campo coberto de plantas. Hoje, o bairro é o mais central da Capital, com suas ruas pavimentadas e mais recentemente, saneadas.

Ainda no século passado, o Prado era quase um arrebalde. Poucas casas de taipa e o cemitério que ficava onde hoje é a praça Custódio de Melo, construído para enterrar as vítimas da Varíola. No local, também havia uma capela, que foi destruída com o passar dos anos, e suas imagens levadas para a igreja de Nossa Senhora das graças, na levada. Depois surgiu o chamado campo Santo, que deu origem a povoação.

As ruas mais antigas do bairro são: Avenida Siqueira Campos (antigo prado, pista de corrida de cavalos) ruas São Francisco, Sargento Jayme, Tamandaré, Caramurus, 21 de abril, Ceará, Xavier de Brito, Agnelo Barbosa, Manaus e Amazonas. Todas estão pavimentadas e saneadas. As antigas casas de taipa deram origem a residências modernas, com jardins e varandas. Restam poucos becos e vilas, que também já se modernizaram.
  
Riacho Doce

Imagine um cenário paradisíaco, um riacho de água doce se misturando com o mar, as cabanas dos pescadores, uma igrejinha secular, uma casa de farinha e um subsolo rico em petróleo. Pois nesse cenário, na década de 1930, o escritor paraibano, José Lins do Rego, encantado com toda beleza, escreveu Riacho Doce, um dos maiores best sallers do país, que levou a TV globo a produzir um seriado, ainda hoje na memória de milhares de brasileiros.

Pouca coisa mudou de 60 anos para cá. A igrejinha de Nossa Senhora da Conceição continua preservada. A casa grande de Edson de Carvalho, o descobridor do petróleo, ainda está lá, intacta, embelezando a paisagem, e a casa da farinha das boleiras, é outra atração a parte.

Riacho Doce nasceu de um arraial de pescadores, que ninguém sabe dizer quando. Mas, antigo, é. E de mais de um século. Basta observar a arquitetura da igreja Nossa Senhora da Conceição. Sabe-se que sempre foi passagem obrigatória para quem saia da capital em demanda ao litoral Norte. A estrada servia de acesso, com uma ponte de madeira sobre o riacho doce.

Todos os moradores antigos do distrito lamentam apenas o intenso movimento de veículos na pista principal. Mas, depois que colocaram os quebra-molas, os atropelamentos diminuíram. A rua principal, margeando a rodovia AL-101 Norte, tem casas de comércio, e residências antigas e novas. A praia é outra atração. E nos anos 60 e 70, se constituía no point da juventude maceioense, com o famoso Bar do Doquinha.

A praia é uma das mais bonitas do litoral alagoano, e sua beleza despertou o interasse de muitos, que começaram adquirir lotes e construir suas casas de veraneio. Hoje, alguns moram lá e trabalham na cidade. Nos fins de semana, o movimento é intenso nos bares e barracas improvisadas, enquanto as boleiras e vendedores de frutas, peixes e crustáceos faturam bem, garantindo o sustento da família.

Riacho Doce é tudo isso, e muito mais. É o típico lugarejo provinciano, que por mais modernidade que exista, seus moradores ainda conservam os velhos hábitos. Em dezembro, comemora-se a festa de sua padroeira, Nossa Senhora da Conceição. A igrejinha se enfeita para receber os fiéis, que rezam as nove noites e no dia exato, saem em procissão, com a imagem da Virgem Imaculada Conceição.

 Rio Novo

A origem do nome


Das terras do Sr. Ernandes Passos, um dos primeiros proprietários do local,  passa um riacho batizado por "Carrapatinho". O Nome primitivo do bairro originou-se deste riacho, por existir ao longo de sua margem muitas carrapateiras, conhecida também por mamonas, dai o nome povoado de "Carrapato" que  foi mudado em 1964  pelo prefeito Sandoval Caju, decretando a mudança do pejorativo nome de Carrapato, para Rio Novo - o riacho que corre banhando as plantas do lugarejo.

Do povoado "Carrapato" a Rio Novo

Com quase um século de existência e localizado na 4ª Região Administrativa do Município de Maceió, distante apenas 12 quilômetros do Centro da Cidade, o Carrapato, bairro esquecido e abandonado que nunca recebera qualquer tipo de melhoramento ou assistência, antes da administração do prefeito Sandoval Caju; subúrbio que, até princípios de 1964, não dispunha de uma simples escola primária, um posto médico ou uma creche, embora tratar-se de um aglomerado demográfico com centenas de crianças pobres, em idade escolar; e, estranhamente, não era sequer visitado pelos representantes do poder público municipal, qual se naquela área do território maceioense houvesse um contagioso reduto de leprosos terminais.O Prefeito Sandoval Caju e equipe, chegou de surpresa , numa manhã ensolarada, com homens e máquinas da Municipalidade e, em 2 meses de inteira operação, transformou o "Nada" em "Tudo", favorecendo, moral e fisicamente, aquele núcleo habitacional.

Depois de ter mudado o nome do bairro, a seguir, foi construído um grupo escolar com 5 amplas salas-de-aula, com posto médico interno uma praça fronteiriça; calçamento e postes para iluminação elétrica; uma ponte de concreto armado sobre o citado riacho, para dar acesso rodoviário ao povoado; e até um ponto de parada para o trem que passava ali, veloz; e o mais que viesse proporcionar àquela gente humilde condições de vida melhor.

Quando foi inaugurado estas  benfeitorias, em 21 de abril de 1964 toda população exultou, arrebentando de contentamento  !... E em 7 dias depois. (28/04/1964) veio a cassação do Prefeito Sandoval Caju por questões políticas da época da ditadura militar.  

Limites e infra-estrutura do bairro

Rio Novo limita-se ao norte com o bairro de Santos Dumont e o município de Satuba, ao sul com a Lagoa Mundaú, a leste com Clima Bom e Fernão Velho e Oeste com Satuba e Lagoa Mundaú. Possui uma área de 2.753 Km2 e uma população aproximada de  mais ou menos 10 mil habitantes (ano 2000).  

Após o afastamento do Prefeito Sandoval Caju a energia elétrica que em sua gestão já tinha colocado a rede e os postes, a população só foi beneficiada  definitivamente em 1972, numa espera de 12 anos. A  água canalizada só agora no século 21 que veio de maneira definitiva.
A acesso ao bairro pode ser via BR 316 próximo ao município de Satuba ou pelo bairro de Fernão Velho, além de trem, através da CBTU que faz o percurso diariamente Maceió-Rio Largo  tendo parada obrigatória na Estação localizada na rua do Cravo. O usuário paga R$ 0,50 centavos, menos da metade da tarifa de ônibus.

O bairro possui um porto de Saúde, uma Delegacia do 8º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas e um cemitério denominado Divina Pastora.

O riacho carapatinho tem nascente no Catolé e desemboca no Rio Mundaú que encontra suas águas na lagoa do mesmo nome, a Lagoa Mundaú.

Todo este complexo ecológico já foi estudado e pesquisado pelos alunos das escolas municipal e estadual do bairro, numa tentativa de mudar a situação atual através da conscientização da população no tocante a despoluição dos rios e melhor aproveitamento da lagoa Mundaú, que um dia no passado já foi fonte de pesca para sobrevivência, água potável, além do potencial turístico não explorado por falta de infra estrutura do bairro. 

Santa Amélia

A Lenda de Amélia

Minha avó (Laura Miranda de Oliveira 23/12/1905 - faleceu em 1993) me contou a história da origem do nome do bairro da Santa Amélia, que por sua vez ouviu de sua mãe Maria Peixoto de Miranda (prima legítima de Floriano Peixoto). 

Diz que, pelos idos de 1850 ou 60 Amélia era filha de um dono de vacaria no final da Chã da Jaqueira, bem no cimo da ladeira, tinha 13 anos. Um dia ela precisou ir a Fernão Velho, para a casa de uns parentes, e tinha que atravessar a mata que existia então. 

O caminho era bem conhecido pelos que iam de Fernão Velho para Maceió e vice versa. 

Pois bem, diz que um dos trabalhadores do pai dela a seguiu, estuprou e matou. A moça ficou desaparecida por dias, pois as comunicações não existiam ou eram lentas demais. Quando os parentes que moravam em Fernão Velho mandaram perguntar se Amélia não iria, os pais da moça ficaram desesperados pois já fazia mais de 8 dias que havia partido (coisa estranha pais daquela época deixar uma mocinha andar assim sozinha, não acham? Talvez até o tal do empregado tenha ido leva-la...é uma hipótese mais viável). Começaram as buscas pela mocinha e os policiais da época disseram que iam achar a moça pelo fedor de cadáver em decomposição. Porém, o que havia na mata era um cheiro de flor muito intenso, tão grande que até tonteava as pessoas. Quando chegaram a uma pequena clareira no meio da mata deram com o cadáver de Amélia, sem estar decomposto, nem fedendo...muito ao contrário: cheirava como se todos os rosedás do mundo estivessem ali e como estivesse despida, as folhas das árvores ao redor a cobriam de modo que o corpo da mocinha não ficou exposto (minha avó era uma romântica...mas é tão bonito contado assim!). Choravam todos os que haviam ido para a busca, mesmo os policiais mais temidos (naquele tempo policia e jagunço era quase o mesmo...naquele tempo) choravam com pena da mocinha morta. Do desgraçado que matou Amélia, diz que ficou louco, diz que foi preso e morreu em cadeia, diz que os policias mataram...bem a verdade é que não se sabe dele. De tão mau todos o esqueceram.

Diz que há uma igrejinha dedicada a Amélia no local em que ela foi morta e que os pais a enterraram no piso da igreja que dedicaram à santa de mesmo nome. É uma capelinha pequena, sempre pintada de azul que era a cor do vestido que a mocinha saiu de casa...
Esta é a história ou estória que sei sobre a origem do bairro.

Meu nome é Nádia Dias, sou pedagoga, nasci e me criei no bairro do Farol, mais exatamente nas proximidades do Mirante de Santa Terezinha, estudei no colégio do mesmo nome. Sou alagoana e tenho o maior orgulho disso.

Localização oficial do Bairro
LEI N° 4.952, de 06 de janeiro de 2000.
SANTA AMÉLIA Ponto inicial e final:Encontro da Avenida Jorge Barros com a Ladeira da Goiabeira (ladeira de asfalto de acesso a Fernão Velho).

Descrição do perímetro: Do ponto inicial segue pelo topo das encostas em paralelo ao limite dos Loteamentos Melville e Jardins De La Reina até o encontro com a antiga Ladeira de Pedras de acesso à Fernão Velho. Segue pela referida ladeira e logo em seguida pelo limite entre o topo da encosta e o Loteamento Chácaras da Lagoa. Contorna o referido loteamento nos seus limites até o encontro com o girador da Av. Jorge Barros. Daí, segue pela Pista A do Conjunto Residencial Colina dos Eucaliptos até o encontro com a Rua Gen. Walfrido Gerônimo da Rocha. Segue pela Rua Gen. Walfrido Gerônimo da Rocha até o seu final no encontro com a Rua Nova Brasília. Deste ponto segue pelo limite de fundos do Conjunto Medeiros Neto até o encontro com a Rua Santo António. Segue pela Rua Santo António até o encontro com a Rua Santo António II. Segue por esta última até o seu final. Segue, deste ponto em direção ao final da Rua Estudante Ana Rúbia. Continua por esta última até a Rua Dr. Pedro. Segue por esta última até a Trav. Rio do Silva. Continua pela Trav. Rio do Silva e depois pela Rua Lourenço Peixoto até o encontro com o topo da encosta no seu final. Segue então pelo topo da encosta até o encontro com o talvegue existente na direção sudoeste, nas proximidades dos transmissores da Rádio Gazeta de Alagoas AM. Segue por este talvegue até o encontro com a Avenida Jorge Montenegro Barros. Segue por esta última até o encontro com o prolongamento do talvegue existente na direção sudoeste, nas proximidades do Sítio Serra Azul. Segue então pelo prolongamento deste talvegue até o topo da encosta. Continua pelo topo da encosta na direção noroeste passando em paralelo ao limite do Loteamento Jardim Petrópolis II - E, e seguindo até o ponto inicial, no encontro da Av. Jorge Barros com a ladeira da Goiabeira 
 

Santa Lúcia

O Bairro de Santa Lúcia foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.
Ponto inicial e final: Encontro da Avenida Durval de Góes Monteiro com a Avenida Belmiro Amorim.

Descrição do perímetro: Segue pela Avenida Belmiro Amorim até o encontro com a Rua Hélio Brasil. Continua pela Rua Hélio Brasil até o encontro com a Rua João Sarmento. Segue por esta última até a Rua Brasiliano Aprígio. Segue pela Rua Brasiliano Aprígio até a Rua Castro Alves. Continua por esta última até o encontro com a Rua Augusto Quintela Cavalcante. Segue pela referida rua até o encontro com a Rua lida Félix. Continua por esta última até o encontro com a Rua Jairo Marques Luz. Segue pela Rua Jairo Marques Luz e em seguida pela Rua em Projeto C, do Loteamento Pôr do Sol. Continua pela Rua em Projeto D, do mesmo loteamento até encontrar a Rua Belmiro Amorim. Segue por esta última e continua pela Rua Teodomiro Deodato até o encontro com a Rua em Projeto 436 do Loteamento Santa Lúcia. Segue por esta última e continua pela Rua em Projeto, da quadra H, do Conjunto Cambuci até o encontro com o talvegue existente na direção sudeste no final desta via. Continua por este talvegue até encontrar o limite do Sítio Michele. Segue pelo limite do Sítio Michele e continua pela via de acesso ao referido sítio até o encontro com o girador existente no final da Rua Dr. José Camelo Júnior. Daí, segue pela Rua Dr. José Camelo Júnior sempre em linha reta, prolongando-a até o encontro com o talvegue do Riacho Reginaldo. Atravessa o talvegue do Riacho Reginaldo e continua seguindo em linha reta pelo prolongamento da Rua Prof. António Nemésio de Albuquerque, continuando pela referida rua até o encontro com a Travessa Nações Unidas. Segue pela Travessa Nações Unidas até o encontro com a Avenida Nações Unidas. Continua por esta última até o encontro com a Avenida Durval de Góes Monteiro. Segue pela Avenida Durval de Góes Monteiro até o ponto inicial, no encontro desta com a Avenida Belmiro Amorim.

 Santo Amaro

O Bairro de Santo Amaro foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.

Ponto inicial e final: Encontro da Avenida Fernandes Lima com o limite lateral direito do imóvel de n°4789 daquela mesma avenida (estabelecimento Mecânica Pesada Continental S/A).

Descrição do perímetro: Do ponto inicial segue pelo limite lateral direito do imóvel de n°4789 da Avenida Fernandes Lima até o encontro com o primeiro talvegue existente na direção sul sudoeste. Segue por este talvegue passando por detrás do final das Ruas Santo António, Santo Amaro, Santa Amélia, Vereador Jorge Omena e São Francisco até o encontro com o prolongamento do limite lateral direito do imóvel de n°5303 da Avenida Durval de Góes Monteiro (estabelecimento Cycosa Tratores e Máquinas Ltda). Segue por este prolongamento e depois pelo limite lateral citado até o encontro com a Avenida Durval de Góes Monteiro. Segue pela Avenida Durval de Góes Monteiro e depois pela Avenida Fernandes Lima até o ponto inicial, no encontro com o limite lateral direito do imóvel de n°4789 (estabelecimento Mecânica Pesada Continental). 

Santos Dumont

O Bairro de Santos Dumont foi criado através lei municipal 4953 em 06 de janeiro de 2000. Altera a lei Nº 4.687/98, que dispõe sobre o perímetro urbano de Maceió, a divisão do município em regiões administrativas e inclui o abairramento da zona urbana e da outras providencias.

Ponto inicial e final Encontro da Av Dep. Serzedelo de Barros Correia (BR316) com as avenidas Menino Marcelo, Durval de Góes Monteiro e rodovia BR 104.

Descrição do perímetro: Do ponto inicial segue pela BR 316 (AV. Dep. Serzedelo de Barros Correia) até o ponto em que esta encontra o limite municipal de Maceió. Segue pelo limite municipal até o encontro com a BR 104. Segue por esta última até o encontro com o ponto inicial.

Nova Ceasa agrada a comerciantes e gera novos empregos 

A transferência do mercado atacadista para o bairro do Santos Dumont , a nova Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa), entregue pelo governo de Alagoas, em março de 2007, e uma das mais modernas do Nordeste, já é motivo de muita satisfação e reflexo de geração emprego para muita gente.

O Instituto de Desenvolvimento Agrário de Alagoas (Ideral), com o apoio da Associação dos Comerciantes da Ceasa, deu início à mudança definitiva dos comerciantes do prédio antigo para as novas instalações.

Mudança de cultura - A diretora-presidente do Ideral, Ileilda Ferreira, considerou também positiva a transferência dos comerciantes para o novo prédio da Ceasa. “A instalação dos comerciantes estava marcada para as 14h do sábado, mas às 8 da manhã a aglomeração já era gigantesca defronte do novo prédio”. A diretora diz, porém, que o maior problema enfrentado desde a transferência até essa primeira semana é conscientizar os comerciantes e a população de que o novo espaço da Ceasa atua exclusivamente no mercado atacadista.

“A Ceasa tem o objetivo de negociar tão somente com produtos no atacado, mas, por conta de mais de trinta anos de uma cultura de que tudo podia ser negociado na antiga central de abastecimento, alguns comerciantes do ramo varejista ainda insistem em querer negociar no novo espaço, o que não será permitido”, esclareceu.

Para facilitar a conscientização dos comerciantes, o Ideral já divulgou uma lista com mais de 70 produtos hortifrutigranjeiros com uma cota mínima para a venda no atacado.

A instalação das primeiras estruturas dos feirantes atacadistas nos espaços teve início com os comerciantes de frios, a montagem das câmaras frigoríficas e prateleiras das grandes lojas. O horário de funcionamento é das 23h às 14h. “Após esse horário, o nosso pessoal entra em ação para realizar a manutenção e a limpeza para receber os comerciantes às 23h, diariamente”, explicou.

Estrutura - A obra foi viabilizada com recursos próprios do governo de Alagoas, na ordem de R$ 12 milhões, e executada pelo Serveal (Serviços de Engenharia do Estado de Alagoas). “Só nas primeiras semanas a estimativa é de que tenhamos um movimento com cerca de duas mil pessoas por dia e, com isso, o Estado tende a se transformar em um dos maiores pólos do comércio atacadista da região Nordeste”, completa.

“Nos últimos 30 anos, Alagoas foi o único estado brasileiro que investiu na construção de uma Central de Abastecimento”, frisa Ileilda, acrescentando que os comerciantes atacadistas e funcionários participaram de cursos sobre a operacionalidade, em três módulos, com os cursos básicos de “Modernização Comercial”, “Relação Interpessoal” e “Capacitação Técnica para Operadores de Mercado”. Os cursos foram ministrados pelo Sebrae e pela Associação Brasileira de Centrais de Abastecimento (Abracem).

Maceió era a única capital no país com a central de abastecimento localizada no centro urbano, em um espaço pequeno e com dificuldades de toda ordem para a comercialização em grosso dos produtos hortifrutigranjeiros, sendo empecilho tanto para o deslocamento, como para a descarga dos produtos.

A capacidade atual é cinco vezes maior em relação à antiga, que funcionava próximo ao Mercado da Produção, no bairro da Levada. A área passou de 5 mil metros quadrados de extensão para 72 mil metros quadrados. A previsão estimada de movimentação operacional está em torno de 120 mil toneladas/ano ou 16 mil/mês. A nova Ceasa deve gerar aos alagoanos, só no primeiro ano de funcionamento, o equivalente a 3 mil empregos diretos e indiretos.

A nova estrutura conta com cinco galpões, 60 lojas de 60 metros quadrados e cinco grandes lojas com câmaras frigoríficas, medindo entre 300 e 400 metros quadrados. Conta ainda com seis lanchonetes e 76 banheiros adaptados para pessoas portadores de deficiência.

Um dos galpões tem 540 áreas moduladas permanentes e 90 módulos não-permanentes, que serão destinadas a comerciantes que trabalham por diária. “As instalações são de primeira qualidade e a Vigilância Sanitária Municipal aprovou sem nenhuma restrição, bem como pelo próprio Corpo de Bombeiros”, informou Ileilda Ferreira.

A Ceasa tem ainda um auditório para 150 pessoas, elevador, papelaria, farmácia e dois estacionamentos, sendo um com capacidade para 640 veículos de passeio e o outro para 160 caminhões. O espaço ganhou ainda a mais moderna balança eletrônica para caminhões no país, com capacidade para cem toneladas.
  
Vergel do Lago

Origem do bairro é de um pomar às margens da Lagoa Mundaú
Com uma população estimada em mais de 60 mil habitantes, o bairro do vergel é um dos mais antigo de Maceió, que surgiu de um imenso sítio de fruteiras as margens da lagoa mundaú, habitado no início por grandes proprietários e pescadores. Hoje, tem ruas pavimentadas, um comércio em franca ascensão e uma avenida urbanizada, margeando a lagoa, conhecida como "Dique Estrada" ou "Pajuçara II", numa alusão a praia de Pajuçara, o "cartão postal" da capital alagoana.

O nome vergel, segundo o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, significa, pomar ou jardim. Assim, surgiu o bairro, de um pomar, onde eram cultivadas várias frutas típicas da região. Um dos fundadores foi Félix Bandeira, rico latifundiário, que detinha toda a extensão do atual bairro, seguindo até ponta grossa. Hoje, é nome de rua ligando os dois bairros.

O Vergel do Lago se limita ao norte e oeste com Ponta Grossa e, a leste, com a Coréia e Trapiche da Barra. Suas ruas são estreitas, com casas conjugadas. A principal Avenida é a Monte Castelo, que parte da praça Santa Tereza , na Ponta Grossa, indo até as margens da lagoa. Tem ainda praças, como a do Padre Cícero, a Virgem dos Pobres e o Papódromo, um espaço que foi utilizado pelo papa João Paulo II, quando de sua visita à Maceió, e que se transformou num novo local de lazer para população. 

Os moradores mais antigos lembram dos invernos rigorosos, quando o bairro ficava praticamente intransitável, com suas ruas transformadas em verdadeiros rios, sem pavimentação e redes de esgotos, hoje, a maioria é pavimentada. Os moradores continuam preservando a tradição de comemorar o São João, o Natal, o carnaval e outras festas populares.

Conjuntos triplicam a população do bairro

A população do Vergel do Lago triplicou nos últimos anos com a construção dos conjuntos residenciais Virgem dos Pobres e Joaquim Leão. São centenas de casas em alvenaria de tijolos e telhas, boas partes já ampliadas, que surgiram para acabar com as favelas a margem da lagoa. Mas pouco tempo depois, os novos casebres foram surgindo, descaracterizando a urbanização do Dique Estrada.Entre os dois conjuntos foi construído um canal para escoamento das águas até a lagoa, acabando com o problema de enchentes que desabrigavam os moradores do bairro. Na principal avenida que contorna o bairro, margeando a lagoa, conhecida como pajuçara II, os moradores se reúnem nos fins de semana nas diversas barracas padronizadas.

Antes da urbanização da orla lagunar, o bairro era mais conhecido porque sediava o famoso Bar das Ostras, as margem da lagoa. Seus moradores costumam utilizar a lagoa como sustento, tirando de suas água peixe e moluscos. Mas reclamam muito da poluição, que aumenta a cada ano, gerada pelos despejos de indústrias.

Orla lagunar pode se transformar em um novo "point" da juventude

Não fosse a favela que surgiu às margens da lagoa mundaú, a avenida conhecida Dique Estrada, já urbanizada e com completa infra-estrutura de lazer, com suas barracas-bares padronizada e de boa iluminação, poderia se transformar em um local de moda para turista e a classe média, a exemplo da orla marítima. Beleza natural é o que não falta no local, proporcionada pela lagoa, principalmente em noite de lua cheia.
Por mais tente a prefeitura não consegue retirar os favelados. Quando constrói um conjunto habitacional, os casebres são destruídos, mas logo aparecem outros, com novos moradores, que constroem os barracos, praticamente dentro d'água, correndo risco de vida com as enchentes costumeiras do inverno.O Dique Estrada é, para os turistas que passam pelo local, um dos mais bonitos de Maceió. Se a área fosse habitada pela classe média, seria um ponto de atração turística. Mas só mostram pobres e favelados, as próprias agências de viagem não incluem o local como ponto de atração turística.

Praça Padre Cícero é um dos principais pontos de lazer

A praça do padre Cícero é uns dos principais pontos de encontro do vergel do lago. Um movimentado comercia foi estalado, oferecendo varia opções aos moradores. É também ponto de encontro de políticos em seus comícios. Com uma imagem do padre Cícero Rumão Batista em seu centro, praça é um ponto de atração religiosa. De lá partem caminhão de romeiros em demanda ao Juazeiro do Norte. Ceará. Boa parte dos moradores do vergel é devota do padre, que é considerado por muito um verdadeiro santo. Nos fins de semana, alguns moradores fazem da praça um ponto de lazer. Nos seus bares e barracas tomam cerveja, e saboreiam os tira-gostos preparados com tempero bem típicos da região.
Tradição festeira do povo continua sendo preservada

O visitante que chega ao Vergel do Lago numa noite de sábado, vai encontrar seus moradores nas calçadas, ouvindo músicas ou nos bares sempre lotados, que servem cerveja gelada, a pinga e o tira-gosto principal: o sururu, tirado na própria lagoa que circunda o bairro.
Festeiro por natureza, o morador do Vergel esquece o pouco o sacrifício do dia-a-dia e entra pela madrugada. Na orla lagunar, é o que se pode chamar de "point". Lá, bares oferecem música ao vivo, e alguns possuem pistas de dança. 

Os tradicionais "xangôs" ainda fazem parte dos costumes dos moradores.São espalhados por várias ruas. Nas datas festivas, principalmente no dia de Iemanjá, o bairro se transforma numa grande festa popular. Nas décadas de 50 a 60, os moradores se reuniam na Sociedade dos amigos do Vergel (Savel), um autêntico clube de bairro, onde promovia animados bailes. Hoje, os pontos de encontros são os bares. O tempo passou, mas não acabou com o ar festivo do Vergel do Lago. 

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3 comentários:

  1. Este texto sobre os bairros de Maceió é de autoria do Jornalista Jair Barbosa Pimentel e do Pesquisador José Ademir . Favor colocar os créditos

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